<
Web Ring Liberal
Ring Owner: Julio Belmonte Site: Web Ring Liberal
Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet Free Site Ring from Bravenet
Site Ring from Bravenet
!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Nova Mensagem: dezembro 2006

Nova Mensagem

Fábio V. Barreto

|

domingo, dezembro 31, 2006

Livros lidos em 2006

Eis a lista dos livros que li durante esse ano. Por desorganização da minha parte, no ano passado não pude publicar a lista de 2005. Em 2006 foram muitos livros, mas, como sempre, não tantos como eu gostaria. Existem de todos os tipos, literatura e ensaios, excelentes e aborrecidos. Espero melhorar, nesse ano de 2007, não só a quantidade, mas também a qualidade das minhas leituras que são, julgo, boas, embora sempre possam aperfeiçoar-se. Seguem aí os 50 títulos, com seus autores e datas em que foram terminados. Feliz 2007 para todos!

1- O Estrangeiro (Albert Camus) [08/01]
2- Franco: Un Balance Histórico (Pío Moa) [11/01]
3-1984 (George Orwell) [14/11]
4-La Fuerza de La Razón (Oriana Fallaci) [20/01]
5- Sin Blanca em París y Londres (George Orwell) [25/01]
6-Escritos (1940-1948): Literatura y Política (George Orwell) [30/01]
7- O Jardim das Aflições (Olavo de Carvalho) [05/02]
8- Deixando Escapar Emoções (Jordete Franco) [10/02]
9-Voto Obligatorio y Cultura Política Colombiana (Jairo Ghisays, Gustavo Arango) [18/02]
10- A Queda (Albert Camus) [24/02]
11- Ley Fundamental para la República Federal de Alemania (Alemanha) [28/02]
12- Science,Politics and Gnosticism (Eric Voegelin) [14/03]
13- A Revolução dos Bichos (George Orwell) [15/03]
14- O Homem Revoltado (Albert Camus) [30/03]
15- Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)[23/04]
16- Últimos Sonetos (Cruz e Souza) [24/04]
17- A Tapas e Pontapés (Diogo Mainardi) [11/06]
18- Contra o Consenso (Reinaldo Azevedo) [17/06]
19- Contos da Montanha (Miguel Torga) [23/06]
20- Auto da Barca do Inferno (Gil Vicente) [23/06]
21- Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano (Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner, Álvaro Vargas Llosa) [28/06]
22- The Death of the West (Patrick J. Buchanan) [12/07]
23- Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT (Rodrigo Constantino) [19/07]
24- Coimbra [24/07]
25-Um Credor da Fazenda Nacional (Qorpo Santo) [28/07]
26- Eu Sou Vida; Eu Não Sou Morte (Qorpo Santo) [30/07]
27- As Relações Naturais (Qorpo Santo) [30/07]
28- Mateus e Mateusa (Qorpo Santo) [30/07]
29- Certa Entidade em Busca de Outra (Qorpo Santo) [30/07]
30- Regresso ao Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) [03/08]
31- Cartas a um Jovem Poeta (Rainer Maria Rilke) [21/08]
32- As Cidades Invisíveis (Italo Calvino) [22/08]
33- O Imbecil Coletivo I- Atualidades Inculturais Brasileiras (Olavo de Carvalho) [05/09]
34- O Paraíso Sexual-Democrata (Janer Cristaldo) [08/09]
35-As Extraordinárias Reformas da Nova Zelândia (Donald T. Brash) [19/09]
36- A Cinza das Horas (Manuel Bandeira) [21/09]
37- Carnaval (Manuel Bandeira) [23/09]
38- A Vitória dos Intelectuais (Janer Cristaldo) [24/09]
39- Arquipélago (Diogo Mainardi) [04/10]
40-O Salário Mínimo Não Ajuda os Pobres (Deepak Lal) [05/10]
41-Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) [06/10]
42- Cartas da Inglaterra (Eça de Queiroz) [10/10]
43- Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão (Arthur Schopenhauer) [11/10]
44- Thatcher (Col. Grandes Líderes do Século XX) (Bernard Garfinkel) (12/10)
45-Constituição da RepúblicaPortuguesa (Portugal) [18/11]
46- Clepsidra (Camilo Pessanha) [24/11]
47- As Flores do Mal (Charles Baudelaire) [13/12]
48- Todo Salamanca [25/12]
49- Campos de Castilla (Antonio Machado) [30/12]
50- Hungria 1956 ...e o muro começa a cair (Ladislao Szabo) [31/12]
|

Em San Sebastián


Deixamos Madrid e seguimos para San Sebastián, onde nos deteríamos por menos de 1 hora. Naquele mesmo dia deveríamos dormir em Paris. Iríamos conhecer somente de passagem essa cidade veraneia do País Basco.

Uma pena. San Sebastián, com pouco mais de 180 mil habitantes, mais se parecia com uma cidade cenográfica, dessas toda arrumadinha e cuidadinha, feita para filmes e cartões postais. Jardins belos e bem cuidados, prédios charmosos, uma atmosfera encantadora. Apesar de estarmos no inverno, longe, portanto, da época em que Donostia (o nome da cidade em euskera) recebe os veranistas, ficamos encantados com a beleza do lugar. Não deixamos de apreciar a praça em frente à prefeitura, o píer da baía da Concha e, também, um simpático café ali próximo.

Tudo muito belo. O pouco tempo que ficamos ali permitiu-nos, a mim e ao meu pai, tomar contato com um pouco da cultura basca, especialmente com sua estranha língua, presente em todos os cartazes e letreiros, junto com o espanhol.

Cerca de 40 minutos depois da chegada à San Sebastián, seguimos rumo à Paris.
|

Desejos para 2007

(Que não são muito diferentes dos do ano passado)

*Voltar à estudar Francês e começar à estudar Alemão
*Viajar mais pela Europa
*Ler mais Camus, Orwell, Cela, Dostoiévski, filosofia e história ibéricas e Olavo de Carvalho
*Arrumar um emprego
*Ser aprovado em boa posiçao na faculdade
*Perder, pelo menos, 15 quilos
*Que minhas amigas consigam fazer seus mestrados em Coimbra

E segue...
|
" O comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador."
Rui Barbosa, jurista, escritor e político brasileiro.
|

sábado, dezembro 30, 2006


La inversión para rehabilitar el edificio de las Escuelas Mayores supera los 2 millones de euros

"La Universidad de Salamanca, la Junta de Castilla y León y la Fundación del Patrimonio Histórico de Castilla y León han sellado hoy un acuerdo para rehabilitar el edificio de las Escuelas Mayores, cuya inversión ascenderá a 2.078.030 euros. Las obras comenzarán durante la primavera de 2007 y tendrán un periodo de ejecución de 15 meses, según informó el presidente del Consejo Social, Salvador Sánchez-Terán, tras la firma del convenio suscrito por el rector, Enrique Battaner, y el presidente de la Fundación del Patrimonio, Santos Llamas."
É muito, mas muito dinheiro mesmo.2.078.030 euros são mais de 5 milhões de reais. Mas a USAL precisa e merece. Ela precisa de todo cuidado necessárioà sua preservação. Seria uma irresponsabilidade enorme deixar uma beleza como o Patio de las Escuelas Mayores (onde está o principal prédio histórico da Universidade) deteriorar-se pelo passar do tempo. Espero que ele siga belo por muitos séculos ainda,para que mais e mais gerações de pessoas tenham o prazer de admirá-lo.
|

Para Ler e Pensar 98

Ideologia e Liberdade

Cláudio Andrés Tellez dissocia a ideologia da compreensão realista.

Por que me tornei um liberal

João Mellão Neto comenta a origem de suas idéias.

A dangerous obsession

Thomas Sowell critica o culto da "justiça social".
|

Em Toledo


Estávamos em Madrid e tínhamos uma visita de algumas horas à Toledo marcada como parte do programa. Infelizmente, atrasamos e o ônibus acabou por ir sem nós.

Conhecer Toledo estava nos nossos planos, principalmente nos meus. Não perderia a cidade por nada. Como não poderia deixar de ser, tomamos dois táxis para a estação de trem de Atocha, aquela que sofreu os ataques terroristas de 11 de Março de 2004. Muito limpa e bonita a estação, nem parecia que tinha ocorrido aquilo.

Pegamos o trem. A viagem foi curta e bastante agradável. A distância de Toledo para Madrid é de apenas 71 km. Em apenas meia hora chegamos à capital da comunidade de Castilla la Mancha. Já na estação de trem, pudemos apreciar um pouco a beleza da urbe toledana.

Começamos o passeio pela cidade. De fato, Janer Cristaldo estava certo quando disse-me que Toledo é uma cidade imperdível. Um ar ainda bem provincial e medieval, muito maior do que o de Salamanca, com uma visível mescla das civilizações cristã e muçulmana torna-a incrível.

É sabido que a visita à catedral de Toledo é imperdível. De fato, é belíssima e imponente, construída entre 1226 e 1493, às vésperas do Descobrimento do Brasil. É uma catedral gótica, tais como as de Salamanca e Colônia. Assistimos a uma missa que nela se realizava, bem como admiramos seu riquíssimo interior.

Continuamos nosso passeio. Avistamos ao longe o Alcázar, a antiga fortificação militar que, no século III, foi um palácio romano e que foi tomado pelos árabes durante a ocupação muçulmana na Península. Não pudemos apreciá-lo melhor, pois tínhamos de encontrar o resto do grupo. Aos poucos, encontramos alguns membros.
Descemos as escadarias medievais que nos conduzia à magnífica ponte (não me recordo se a ponte San Martin ou a de Alcântara) que cruza o rio Tajo (Tejo, para os portugueses) e chegamos ao ônibus do grupo. Ficamos ainda um bom tempo num restaurante próximo, apreciando gostosamente a comida do local. Depois do almoço, tomamos o ônibus e retornamos à Madrid, deixando para trás a bela Toledo, antiga capital espanhola, terra de Quijotes e maravilhas medievais cristãs e islâmicas.
|

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Em Madrid

Passamos há pouco pelo Natal. Recordei-me do Natal passado. Ia de Fátima à Madrid. Na capital espanhola passei minha noite natalina. Não foi boa, salvo por minha família. Melhores foram os dias seguintes.

Em Madrid tínhamos um jantar num restaurante marcado pela companhia de turismo. Péssimo restaurante. Péssimo jantar. Some-se a isso o fato de que, por ser noite de Natal, tudo em Madrid estaria fechado. Portanto, nada de lugares para visitar, nem para comer. Isso causou uma má impressão da capital espanhola entre algumas pessoas.

Uma pena. Inútil impressão. Como pudemos constatar nos dias seguintes, Madrid é uma cidade exuberante, lindíssima, que nada fica a dever à Paris, Berlin ou Amsterdã. Para mim, foi maravilhoso passear por suas enormes avenidas, desfrutar de sua rica decoração de fim de ano, ver suas plazas e monumentos.

Madrid é a capital da Espanha desde o ano de 1561, quando o rei Felipe II transferiu-se para lá, saindo de Toledo. Com exceção de um breve período em que a capital foi transferida para Valladolid (1601-1606), além de ter sido capital Valência nos últimos momentos da Guerra Civil Espanhola, Madrid desde esta data é o grande centro político do país. Foi escolhida por sua posição central no mapa espanhol, mostrando o desejo centralizador de Felipe II. Com o passar dos séculos, tornou-se uma cidade de beleza incrível, que está ainda a acontecer.

Não vejo como alguém não pode maravilhar-se ao ver o Palácio das Comunicações, a Fonte de Netuno, a Plaza de España, a Torre de Madrid, o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia, a Puerta de Alcalá, a Puerta del Sol, o monumento à Alfonso XIII junto à fonte do Parque do Retiro. Tudo isso sem falar, claro, no Palácio Real (casa da família reinante espanhola, embora esta resida de fato no Palácio da Zarzuela), na Catedral de la Almudena de Madrid (em frente ao Palácio Real. Nesta catedral casaram-se o Príncipe Felipe e D. Letizia) e, é claro, na enorme Plaza Mayor de Madrid, muito bela e bem maior do que a salmantina. Nem mesmo as 90 obras em andamento do polêmico prefeito da cidade, segundo disse-nos nosso taxista, estragou o espetáculo de nossa gira madrilenha.

Durante o tempo em que aí estivemos, fizemos uma visitinha à Toledo.Mas isso é assunto para outro post.
|

Para Ler e Pensar 97

A morte de Fidel

Ipojuca Pontes discorre sobre o estado terminal do déspota cubano.

Poesia e filosofia

Olavo de Carvalho comenta as relações entre poesia e filosofia.

A verdade libertadora. . .

Leonardo Bruno discorre sobre o cristianismo.
|
Bobagem lida há um tempo no Orkut:
"Essas elições são legítmas? 14/09/2005 12:54
Fui candidato à prefeitura municipal de Juiz de Fora em 2004. Isso não significa que eu defenda as eleições como a saída para os problemas do povo. Faço parte de um partido revolucionário (PSTU) que participa das eleições apenas porque as massas encontram referência nelas. A partir da década de 90, várias correntes da esquerda abriram mão do socialismo para defender reformas no sistema capitalista. O PT foi um exemplo claro da opção eleitoral. Deu no que deu, as conquistas não avançaram, pelo contrário, retrocederam e o próprio PT é hoje um partido em decomposição).Cabe aqui uma pergunta:Será que as instituições vigentes (eleição - por exemplo) oferecem as ferramentas necessárias para mudanças que vão de encontro aos interesses das classes dominantes? Ou será que as eleições são apenas uma forma de legitimar o "status quo" imposto pelas elites?""
Essa é interessante,mostra bem a visão que alguns comunistas têm da democracia: para eles, a democracia é o “meio para se promoverem reformas que vão de encontro aos interesses das classes dominantes”, e não para que o povo manifeste a sua vontade sobre quem quer ver no comando político de seu país, seu estado, seu município. Gente assim não sabe viver num regime democrático porque não sabe o que é democracia. São totalitários que querem se aproveitar da democracia para instalar o totalitarismo. Canalhas em toda a linha.

Atente-se para o seguinte trecho: “Fui candidato à prefeitura municipal de Juiz de Fora em 2004. Isso não significa que eu defenda as eleições como a saída para os problemas do povo. Faço parte de um partido revolucionário (PSTU) apenas porque as massas encontram referência nelas.”. Acaso isso não confirma o que eu disse? Atentem para o que diz este membro do PSTU. Já demonstrou que não merece confiança. Fiquem de olho aí nesse partido.
|

domingo, dezembro 24, 2006

A Fábula dos Porcos Assados

Texto postado pelo Davi Correia no Orkut. Ambos desconhecemos a autoria. Em todo caso, parabéns ao autor!!!
"Uma das possíveis versões de um velho conto sobre a origem do assado é esta:
Certa vez produziu-se um incêndio num bosque em que viviam porcos. Estes assaram-se. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam ótimo. Então, cada vez que queriam comer porcos assados, punham fogo na floresta... Até que descobriram um novo método. Mas o que eu quero contar é o que aconteceu quando se tentou modificar o sistema, para implantar um novo.
Fazia tempo que as coisas não andavam bem. Os animais se carbonizavam, às vezes ficavam parcialmente crus, outras de tal maneira queimados que era impossível utilizá-los. Como era um processo empregado em grande escala, preocupava bastante a todos, pois se o sistema falhava em grande medida, as perdas ocasionadas eram igualmente grandes. Eram milhares os que se alimentavam dessa carne assada, e também eram milhares os que se ocupavam nessa tarefa. Portanto, o sistema não devia falhar. Mas, curiosamente, à medida que se produzia mais, mais parecia falhar e maiores perdas causava.
Em razão das deficiências aumentavam as queixas. Já havia um clamor geral sobre a necessidade de se reformar a fundo o sistema. Tanto que todos os anos realizavam-se congressos, seminários, conferências e encontros para se achar a solução. Mas parece que não conseguiam melhorar o mecanismo porque no ano seguinte voltavam a se repetir os congressos, os seminários, as conferências e os encontros. E assim sempre.
As causas do fracasso do sistema segundo os especialistas deviam atribuir-se ou à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deviam, ou à natureza inconstante do fogo, tão difícil de controlar, ou às árvores excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao Serviço Meteorológico que não acertava com a localização, horário e quantidade de chuvas, ou a ...
As causas eram, como se vê, difíceis de determinar porque na verdade o sistema para assar porcos era muito complexo. Havia sido montada uma grande estrutura, uma grande máquina com inúmeros departamentos e... Ela se havia institucionalizado. Havia indivíduos dedicados a pôr fogo, os ignmen, que por sua vez eram especialistas em setores. Incendiador ou ignifier das zonas norte, oeste, etc...; incendiador noturno ou diurno com especialização matinal ou vespertina; incendiador de verão e de inverno (havia discussões sobre outono e primavera). Havia especialistas em vento: os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Florestamento Incendiável, uma Comissão Nacional de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentares (ISCETA) e o Bódrio (Bureau Orientador de Reformas Ígneo-Operacional). O Bódrio era tão grande que tinha um Inspetor de Reformas para cada grupo de sete mil porcos aproximadamente. E era precisamente o Bódrio que patrocinava anualmente os tais congressos, seminários, conferências e encontros. Mas estes só serviam para aumentar a burocracia do Bódrio.
Fora planejada e estava em pleno desenvolvimento a formação de novos bosques, seguindo as últimas indicações tecnológicas, pois estes se situavam em regiões escolhidas segundo uma determinada orientação, onde os ventos não sopravam por mais de três horas seguidas, onde era reduzida a porcentagem de umidade relativa do ar, etc.
Havia milhares de pessoas trabalhando na operação dessas florestas que logo deviam ser incendiadas. Enquanto isso, especialistas na Europa e nos Estados Unidos fiscalizavam a importação de melhores madeiras, árvores, toras e sementes. Outros , por sua vez, estudavam a maneira mais veloz e mais potente de fazer fogo. Havia também os que se dedicavam ao estudo de novas técnicas de como, por exemplo, fazer melhores armadihas para pegar porcos. Havia, além disso, grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio e mecanismos para deixá-los sair no momento certo e notáveis técnicos em alimentação suína.
Havia especialistas em construção de chiqueiros, professores de especialistas na construção de chiqueiros, universidades que preparavam professores de especialistas na construção de chiqueiros, pesquisadores que preparavam professores de especialistas na construção de chiqueiros e fundações que apoiavam os pesquisadores das universidades que preparavam professores de especialistas na construção de chiqueiros, etc...
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo na raiz quadrada de a-1, por velocidade de vento sul e soltar os porcos quinze minutos antes que o fogo médio do bosque alcançasse 47 graus de temperatura. Outros diziam que era necessários instalar grandes ventiladores que serviriam para orientar a direção do fogo. E assim por diante. E não é necessário dizer que pouquíssimos especialistas estavam de acordo entre si e cada um tinha pesquisas e dados para provar suas afirmações.
Um dia um ignifier categoria S-O-D-M-N-LL, ou seja, um incendiador de bosques, especialista sudoeste diurno matinal, licenciado em verão chuvoso, chamado João Bom Senso, disse que o probelma era muito fácil de resolver. Tudo consistia, segundo ele, em que em primeiro lugar se matasse o porco escolhido, que fosse limpado e cortado adequadamente, posto em uma grelha ou armação sobre brasas até que, por efeito do calor e não da chama, ficasse pronto.
- Matar? - perguntou indignado o Administrador de Florestas.
- Como vamos fazer as pessoas matarem? Quem mata é o fogo, nós nunca!
Quando soube do acontecimento o Diretor Geral de Assamento mandou chamar João. Perguntou a ele que coisas estranhas andava dizendo por aí, Depois que o ouviu falou a João:
- O que você diz está certo, mas apenas em teoria. Não vai funcionar na prática. Vejamos: o que você faz com os anemotécnicos em caso de se adotar o que você sugere?
- Não sei - respondeu João.
- Onde você coloca os incendiadores das diversas especialidades?
- Não sei.
- E os especialistas em sementes, em madeiras? E os projetistas de chiqueiros de sete pisos, com suas novas máquinas limpadoras e as perfumadoras automáticas?
- Não sei.
- E os profissionais que ficaram se especializando no exterior durante anos e cuja formação tanto custou ao País? Vou pô-los a limpar porquinhos?
- Não sei.
- E aqueles que se especializaram durante anos na promoção de congressos, seminários e encontros para a reforma e melhoramento do sistema? Se sua solução resolve tudo, que faço com eles?
- Não sei.
- Você percebe agora que a sua solução não é a solução de que precisamos?
- Você acha que se tudo fosse assim, tão simples, nossos especialistas não a teriam encontrado antes? Vejamos: Quais são os autores em que você se baseou para fazer tais afirmações? Que autoridade está dando respaldo às suas afirmativas? Você não pensa que eu posso dizer aos engenheiros anemotécnicos que a questão é usar brasinhas e não chamas, não é? O que faço com os bosques já preparados e prontos para serem queimados e que só possuem madeira para esse fim, pois suas árvores foram especialmente selecionadas porque não dão frutos e têm escassez de folhas? E selecionadas após longos anos de caríssimas pesquisas? O que faço, diga-me?
- Não sei.
- Que faço com a Comissão Redatora de Programas de Assamento com seus departamentos de Classificação e Seleção de Porcos e Arquitetura Funcional de Chiqueiros, Estatísticas e Agrupamento?
- Não sei.
- Diga-me: o engenheiro especialista em porcopirotecnia, Dr. J. C. de Figuração, não é uma extraordinária personalidade científica?
- Sim, parece que sim.
- O simples fato de possuirmos valiosos e extraordinários engenheiros em pirotecnia indica que o sistema é bom. E o que faço com especialistas tão valiosos?
- Não sei.
- Viu? O que você deve trazer como solução é como preparar melhores anemotécnicos, como conseguir mais rapidamente incendiadores de oeste (que é a nossa maior dificuldade), como fazer chiqueiros de oito ou mais pisos em lugar de somente sete, como agora. HÁ QUE MELHORAR O QUE TEMOS, E NÃO MUDAR. Traga-me alguma propostas para que nossos estagiários na Europa custem menos ou como fazer um bom relatório para analisar profundamente o problema da Reforma do Assamento. É disso que necessitamos. É disso que o País necessita. O que falta a você, Bom Senso, é um pouco de sensatez. Diga-me, por exemplo, o que faço com meu primo, o Presidente da Comissão para Altos Estudos e Aproveitamento Integral dos Resíduos dos Ex-bosques?
- Realmente estou perplexo - disse João, timidamente.
- Bem, agora que você conhece bem o problema, não saia por aí dizendo que você o resolveria. Agora você vê que o problema é mais sério e não tão simples como você o imaginava. Quem está de fora sempre pensa: “eu resolveria tudo”. Mas é preciso estar dentro para conhecer as dificuldades. Entre nós, recomendo-lhe que não insista com essa idéia, pois poderia ter dificuldades com o seu emprego. Não por mim. Falo pelo seu bem. Eu o compreendo e entendo sua colocação, mas você sabe, pode encontrar um superior menos compreensivo, e daí...
O pobre João Bom Senso não disse nada. Sem se despedir, entre assustado e perplexo, com a cabeça rodando, saiu e nunca mais foi visto. Não se sabe para onde foi. É por isso que dizem que nessas propostas de Reforma do Sistema falta bom senso."
|

sexta-feira, dezembro 22, 2006

O que o Natal significa para mim

"Há três coisas que levam o nome de "Natal". A primeira é a festa religiosa. Ela é importante e obrigatória para os cristãos mas, já que não é do interesse de todos, não vou dizer mais nada sobre ela. A segunda (ela tem conexões histórias com a primeira, mas não precisamos falar disso aqui) é o feriado popular, uma ocasião para confraternização e hospitalidade. Se fosse da minha conta ter uma "opinião" sobre isso, eu diria que aprovo essa confraternização. Mas o que eu aprovo ainda mais é cada um cuidar da sua própria vida. Não vejo razão para ficar dando opiniões sobre como as pessoas devam gastar seu dinheiro e seu tempo com os amigos. É bem provável que elas queiram minha opinião tanto quanto eu quero a delas. Mas a terceira coisa a que se chama "Natal" é, infelizmente, da conta de todo mundo.
Refiro-me à chantagem comercial. A troca de presentes era apenas um pequeno ingrediente da antiga festividade inglesa. O Sr. Pickwick levou um bacalhau a Dingley Dell [1]; o arrependido Scrooge [2] encomendou um peru para seu secretário; os amantes mandavam presentes de amor; as crianças ganhavam brinquedos e frutas. Mas a idéia de que não apenas todos os amigos mas também todos os conhecidos devam dar presentes uns aos outros, ou pelo menos enviar cartões, é já bem recente e tem sido forçada sobre nós pelos lojistas."
Uma ótima leitura para a época natalina, embora não faltem textos deste tipo.
|

Para Ler e Pensar 96

Atentado à Universidade

O saudoso Miguel Reale denunciando as cotas universitárias.

Es bueno que haya ricos

Paul Graham mostra porque é estúpido condenar a riqueza.

Ludwig von Mises: defensor del capitalismo

George Reisman comenta o legado do grande economista austríaco.
|
Peguei este texto de Rui Barbosa num perfil do Orkut. Simplesmente esplêndido, como Rui costumava ser.
SINTO VERGONHA DE MIM
Rui Barbosa
Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância em
esquecer a antiga posição de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que
não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
***
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
(Rui Barbosa)
|

quinta-feira, dezembro 21, 2006

|

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Hitler é Aproveitável?

Que o Orkut é um excelente site todo mundo sabe e eu não quero vir chover no molhado. Mas, por ser (graças à Deus!) um espaço livre, também pode-se encontrar cada absurdo...
O exemplo a seguir é uma excelente amostra do que estou dizendo. Foi colhido numa comunidade dedicada à Adolf Hitler (por aí vocês já vêem...)
"Filtrem o que é bom!
Bem,eu não aprovo nenhum tipo de preconceito ou racismo.Tanto que procuro cultivar amizades dentro de todas as religiões,etnias e classes.Hitler serve pra mim como exemplo de perseverança e vontade de vencer na vida.Afinal naum é qualquer um que sai da pobreza,de uma vida sem ter certeza do amanhã e se torna lider de uma nação.Ele lutou muito pra isso.
Minha Admiração por ele são essas:Oratória,Liderança,garra,e amor ao pais(que é o que falta pra gente)!Agora o que eu acho INJUSTO é o seguinte,todos apontam o dedo pra kem faz parte desssa comunidade e julgam:'Ah vc é racista","Ah vc não presta",etc.Acaso isso não é uma forma de preconceito?Tratando kem faz parte dessa comunidade como um "Lixo" sem conhecer as pessoas?Kem julga sem conhecer não é hipocrita?Então porq ele matou milhões eu tenhu q sair por ai fazendo isso,eu tenhu q aprovar isso?Ou seja se eu gosto de "elvis" por exemplo eu automaticamente sou drogado,mulherengo etc?Eu nao posso admirar outras qualidades dele?Com certeza santo ele não era...mas é ainda pior do q ele kem julga as pessoas sem conhece-las...só pra mostrar q é bonzinho e q ama a vida.Abraços a Todos e digam NÂO a TODOS os tipos de preconceito!Admirem e copiem as boas qualidades das pessoas eskeça o q elas fizeram de ruim e filtrem o q é bom!"
É impressionante como alguém consegue escrever tantas e tão grandes bobagens de uma vez só. E o sujeito que escreveu isso não o fazia em tom de sátira, mas como quem falava sério, quem acreditava no que dizia.
Não a refutarei ponto por ponto, pois isso ocuparia páginas e páginas explanando o óbvio. No entanto, firmo aqui o seguinte:
1) Como pode um sujeito dizer-se livre de qualquer racismo e, ao mesmo tempo, admirar Hitler?
2) Hitler, de fato, tinha ótima oratória. Também era um bom paisagista e tinha espírito de líder. Pergunto-lhes então: e daí? É este o legado dele? Qualquer um que saiba um pouco de História contemporânea sabe muito bem que não. O legado hitleriano é totalitarismo, genocídio (algo em torno de 6 milhões de pessoas morreram somente nos campos de concentração nazistas), graves danos políticos, econômicos, infra-estruturais e culturais à Europa e a Segunda Guerra Mundial, a pior guerra da História, com um saldo de cerca de 50 milhões de mortos. Será que os dotes artísticos e oratórios do austríaco de bigodinho ridículo compensam tudo isso. Serão tais características maiores do que este legado que até hoje envergonha profundamente os alemães? Será que se pode simplesmente “esquecer o que ele fez de ruim” assim por causa dessas qualidades?
3) Quem é adepto de Cristo é cristão, de Lênin é leninista, de Hitler, hitlerista ou nazista. Já que o admira, porque então nega-se a carregar o fardo do legado do admirado? O sujeito admira o chefe nazista,mas acha absurdo que alguém o aponte como cúmplice do que ele fez. Pior: acha tal postura ainda mais reprovável do que os crimes hitlerianos! Sinceramente, há tempos acompanho estultícies sobre política, história, filosofia, etc.,mas confesso que até hoje não consigo deixar-me de surpreender com certas coisas.
Não, Hitler não é alguém “aproveitável”. Nada nele há de tão elevado que mereça ser aproveitado. Deve ser conhecido profundamente,mas como um exemplo contrário, um exemplo para não ser seguido. Por isso mesmo, nada há de aproveitável também no texto postado.
|

terça-feira, dezembro 19, 2006

Para Ler e Pensar 95

Herói é quem mata mais

Janer Cristaldo fala de como o assassinato político é tratado pela esquerda.

Exercício patológico do Poder

Hetor de Paola descreve o patológico estatismo brasileiro.

Grandes brasileiros

Olavo de Carvalho homenageia J. O. de Meira Penna.
|

Em Fátima




De Lisboa, rumo à Madrid, seguimos para Fátima. Sem dúvida, meus leitores, cultos que o são, conhecem a fama e importância desta pequena freguesia portuguesa. Era um local remoto até o dia 13 de Maio de 1917, quando a Virgem Maria apareceu ali a três crianças pastoras (Lúcia de Jesus dos Santos e os irmãos Francisco e Jacinta Marto), exortando-lhes a rezarem, pedindo-lhes para que ali aparecessem no mesmo dia 13 dos meses seguintes, erguessem um templo em sua homenagem e fez-lhes revelações sobre a Primeira Guerra Mundial (que então aproximava-se do fim) e futuro da Humanidade, entre os quais os crimes cometidos pela Rússia contra o Sagrado Coração, garantindo que o país pagaria por eles.

Não deu outra. Fomos visitar o santuário de Fátima. O santuário é, basicamente o único ponto de interesse da cidade. No entanto, é uma visita imperdível.

O santuário é enorme. Enorme e belíssimo. Era um dia pesadamente nublado, o que dava ao local um ar ainda mais espiritual.

Essa foi a sensação que por lá tive. Não somente eu,mas os que estavam comigo e,como soube depois, os que por lá estiveram. O Santuário de Fátima inspira-nos uma paz incrível, belíssima. Não aquela paz que encontramos quando viajamos ao campo,mas uma mais profunda, realmente espiritual. Cheguei mesmo a imaginar que estava numa espécie de ante-sala do Paraíso.

Tiramos boas fotos, visitamos a árvore abaixo da qual dizem que tudo ocorreu, vimos o pedaço do Muro de Berlim que para lá foi enviado por um português residente em Alemanha à época da Queda do Muro. Naturalmente, rezamos. Rezamos muito. Por nossos entes queridos, vivos ou mortos.

Infelizmente, não tínhamos muito tempo disponível. Era o dia 24 de dezembro, e deveríamos ter nosso jantar de Natal em Madrid, às 8 da noite. Deixamos Fátima e Portugal para trás. Não havia um minuto à perder.
|

Para Ler e Pensar 94

Cabelos Brancos

O novo sofisma de Lula, por Rodrigo Constantino.

Augusto Pinochet, Getúlio Vargas & Cia.

Dois pesos e duas medidas no julgamento desses dois ditadores. Por Cândido Prunes.

Caminho para a anomia

Roberto Fendt fala do caos que se instala no Brasil.
|

Quem quiser saber mais sobre o ETA, mas não tem ou não pode comprar livros, fica aqui uma sugestão virtual: leia a série divulgada pelo jornal espanhol El Mundo intitulada ETA: La Dictadura del Terror. Bem elucidativa!
|

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Para Ler e Pensar 93

Cortar o mal pela raiz!

Carlos I. S. Azambuja comenta o novo livro de Stéphane Courtois.

Kerry too busy for Iran

Joseph Farah fala dos interesses do senador americano no Irã e no Oriente Médio.

Uma nova metodologia para assuntos úmidos

Jeffrey Nyquist trata dos erros da política externa americana.
|
Ontem à noite foi o casamento de um primo meu, por parte de pai. Foi o segundo casamento a que fui neste mês, o outro foi o de uma prima materna, no dia 1º. Foram ótimas as duas festas. Adoro festas assim, ainda mais quando se reúne a família.

Dois primos meus, dos mais próximos, já se casaram. Tomara que logo chegue a minha vez!
|

Para Ler e Pensar 92

Notícias de Jornal Velho: Santiago, Segundo Littin

Janer Cristaldo derruba as falácias sobre o Chile de Pinochet.

As Reformas da Islândia

Rodrigo Constantino comenta as reformas que revitalizaram a Islândia.

Psicologia de um vencido

Pedro Sette Câmara comenta um soneto de Augusto dos Anjos.
|

domingo, dezembro 17, 2006

Sintra, Cascais e Estoril

Retorno aqui ao meu relato de viagens,viagens estas realizadas há coisa de um ano. Parei em minha crônica de Lisboa.

Enquanto estávamos na capital portuguesa, tiramos um dia para visitar três cidadezinhas próximas, bastante visadas pelos turistas: Sintra,Cascais e Estoril. São minúsculas,mas bastante agradáveis.

Sintra é conhecida por seus palácios. É claro que fomos dar uma conferida. De fato, muito belos.

Cascais é badalada por suas praias. No inverno não são tão belas. Da cidade, curtimos mais um agradabilíssimo restaurante à beira mar.

Estoril é famosa por seu cassino ao qual acudem jogadores do mundo inteiro. Não podíamos jogar no cassino, claro, mas jamais deixaríamos de visitá-lo. De fato, belíssimo, um luxo.

Enfim, belas cidades, mas sobre elas não há muito o que dizer, em parte devido ao pouco tempo que por lá passamos. Pessoalmente, entretanto, pouco interesse tenho em lá voltar. Já as dou por vistas.

|

quinta-feira, dezembro 14, 2006



""NEW YORK -- U.N. Secretary-General Kofi Annan, reacting to an article in The Washington Times, asked U.N. investigators yesterday to look into claims of fraud, favoritism and intimidation inside the U.N. Department of Economic and Social Affairs.
The DESA division, responsible for promoting accountability and good governance in member states, has used contributions from the Italian government to fund duplicative programs and unnecessary consultants, many of which benefit Italy or its nationals, The Times reported.
The story also said the department had made unusual use of contractors and taken relevant information off its Web site after reporters began asking questions. It said DESA staffers have complained about intimidation.
"The secretary-general's office has asked [the Office of Internal Oversight Services] to look into allegations raised this morning in the press," said Stephane Dujarric, spokesman for Mr. Annan. He refused to specify which areas Mr. Annan is concerned about."
Tentando salvar a pele antes de deixar o cargo, sr. Annan? Entendo seu gesto, mas parece-me inútil. Seu mandato já está irrevogavelmente manchado pelos escândalos do programa "Petróleo por Alimentos" e pela omissão onusiana nas massacres de Ruanda-Burundi e Srebrenica.
!Adiós,muy buenas, seños Annan! Já vais tarde!
|

terça-feira, dezembro 12, 2006

|
Seis mil personas asisten al funeral de Pinochet en Santiago

"Seis mil personas arropan a la familia de Augusto Pinochet en la misa funeral por el dictador, fallecido el pasado domingo, que se está celebrando esta tarde (hora española) en el patio Alpatacal de la Escuela Militar de Santiago, en cuyo centro se encuentra el féretro con los restos mortales de Pinochet, que gobernó el país andino durante 17 años (1973-1990) dejando un reguero de torturas, asesinatos y violaciones sistemáticas de los Derechos Humanos. Junto a la familia se encuentran los comandantes en jefe de las Fuerzas Armadas, que han llegado al recinto minutos antes de que ocho cadetes transportaran sobre sus hombros el féretro, que está cubierto por la bandera chilena."
"El hijo menor del dictador, Marco Antonio, ha pedido que no haya representantes del Gobierno en los funerales, ha atribuido la denegación de los honores, así como las celebraciones en las calles, "a la miseria humana" y ha asegurado que su padre estaba preparado espiritualmente para morir. Mientras, la policía ha incrementado las medidas de seguridad para evitar momentos de tensión. A la misma hora de las exequias, las 15.00 en España peninsular, el Partido Comunista y organizaciones de defensa de los derechos humanos tienen planificado un homenaje a Salvador Allende frente a las puertas de La Moneda. Una batalla campal en Santiago se ha saldado con 100 detenidos y 43 policías heridos."
Ao contrário do que pensa (e deseja) boa parte da esquerda, Pinochet não deverá ser esquecido.

|

Para Ler e Pensar 91

Capitalismo e Cristianismo

Olavo de Carvalho examina a falha católica em reconhecer os laços que unem o capitalismo e o cristianismo.

Adeus, General Pinochet

Cláudio Andrés Tellez comenta o legado de Augusto Pinochet

Sete anos de pastor

Pedro Sette Câmara comenta um soneto de Camões
|

segunda-feira, dezembro 11, 2006

11 de dezembro...

Há 24 anos isso se repete: no dia 11 de dezembro,mais uma primavera passa para mim. Hoje tem festa. Nada melhor do que passar um dia assim com a família e amigos.
|

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Parta Ler e Pensar 90

O sucesso do fracasso

Olavo de Carvalho comenta o calcanhar-de-aquiles dos liberais e conservadores brasileiros.

Devemos copiar a Europa?

Walter E. Williams critica o welfare state europeu.

A Pátria do Espírito

Martim Vasques Cunha analisa o filme O Patriota, uma grande obra de Roland Emmerich.
|

segunda-feira, dezembro 04, 2006

O Renascer do Iberismo



Texto publicado no Cartas de Coimbra.
Na edição de 24 de outubro do corrente ano de A Cabra, o jornal universitário de Coimbra, há uma série de reportagens sobre uma possível união entre Portugal e Espanha. O Iberismo, parece ressurgir.Não demorarei em explicar seu desenvolvimento histórico, mas, em resumo, iberismo é a idéia compartilhada por alguns espanhóis e portugueses defensores de uma união política entre os dois países. É uma idéia já bastante antiga, polêmica e complexa, que retorna à pauta.
Numa pesquisa divulgada pelo semanário espanhol Sol, 27,7% dos portugueses declararam que gostariam de unir-se à Espanha. A notícia foi recebida no país de Cervantes com um misto de estranheza e perplexidade.
Os motivos, segundo analistas, é a estabilidade e o crescimento económico espanhol, atractivos para uma melhora de vida. A Espanha é hoje, junto com a Irlanda, um dos países europeus mais prósperos, ao passo que Portugal passa por uma crise econômica e um aumento da inflação, aumento esse causado principalmente pelo advento do euro no país. Mas a economia não é, obviamente, o único factor: Carlos Reis, reitor da Universidade Aberta, aponta uma “diluição nacionalista do lado português”. Os portugueses estariam perdendo o amor por sua nacionalidade, caindo num estado de descrença em relação ao próprio país. O jornalista Baptista-Bastos chega mesmo a dizer: “Considero-me um cidadão ibérico”.
Mas não só entre os portugueses o iberismo volta a manifestar-se: a revista Tiempo de Hoy aponta que 45% dos espanhóis aceitariam a união com Portugal.
Entretanto, de acordo com Santiago Petschen, professor de Relações Internacionais da Universidade Complutense de Madrid, cerca de “95% dos espanhóis sabem tanto de Portugal quanto do Sri Lanka”. É difícil imaginar a união entre dois países com relações de amor e ódio e que ainda por cima demonstrem tal grau de desconhecimento um do outro.
Numa época em que a Espanha enfrenta a agitação do ETA e as turbulências provocadas pela aprovação do novo Estatuto da Catalunha, causa imensa surpresa a idéia de unir Portugal e Espanha como um só país. Um senhor idoso espanhol, entrevistado pelo canal Tele5, da Espanha, expressou bem a surpresa com esse iberismo da parte lusitana, ao dizer: "Já não entendo nada! Os bascos querem separar-se a toda hora e agora os portugueses querem juntar-se à nos?”.
Não nego que esta é uma questão deveras complexa para ser devidamente analisada por mim, pois, apesar de ter morado por quase 1 ano em Espanha, agora estar em Portugal e ser bastante interessado nestes dois países, não julgo ter conhecimentos suficientes para posicionar-me firmemente sobre o assunto. Entretanto, pelo que conheço de Política, História e Península Ibérica, digo: a união entre os dois países me parece um enorme erro. Portugal está certo em admirar o crescimento espanhol. Pena que, ao invés de buscarem entender as causas de tal prosperidade, muitos lusos caiam numa melancolia e num antipatriotismo estéril. Se estudarem as razões de Espanha ser hoje um dos países mais prósperos do continente, verão as reformas liberais, a desburocratização, a valorização do trabalho, a defesa da propriedade privada, e tudo o mais que faz os países prosperarem.
Já Portugal ainda estar a viver sob um Estado grande, dirigista, muito burocrático. Portugal, infelizmente, não passou pelo choque liberal pelo qual passou a Espanha depois da Transição. Essas reformas fizeram com que hoje a Espanha tenha uma posição invejável no ranking mundial de liberdade econômica e trouxeram consigo a atual prosperidade espanhola. Além disso, os portugueses estão mais conformistas, menos motivados ao trabalho e ao estudo do que os espanhóis. É impossível prosperar assim.
Portanto, portugueses, mãos à obra! Não será unindo-se à Espanha que atrairão para terra de Camões a prosperidade espanhola, mas sim com trabalho, estudo e perseverança. Portugal tem muitas condições de crescer e se tornar um país riquíssimo, mais do que fora em seus dias de maior glória. Para tal, urge trabalhar, aperfeiçoar-se, desesdadualizar-se. É preciso coragem, força, e isso os portugueses têm, como já o demonstraram no passado. Chega de estatismo, de crenças em megaestados! Portugal e Espanha, separados sempre!
|

Para Ler e Pensar 89

O novo Bolívar: Gramsci

Sérgio Kapustan cobre a palestra do general Sérgio Augusto de Avellar Coutinho sobre o gramiscismo no Brasil.

Milton Friedman RIP

Walter Block homenageia Milton Friedman.

Why I became a conservative

Roger Scruton fala das origens de suas idéias.
|

sexta-feira, dezembro 01, 2006


Lula encontra Kadafi e prega na África união entre excluídos

"ABUJA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quinta-feira com o líder líbio Muammar Kadafi e pediu mais cooperação entre os países excluídos na luta contra as desigualdades sociais em Abuja, na Nigéria, onde participa de encontro entre líderes africanos e sul-americanos.
"Nosso objetivo principal hoje é fixar os alicerces de um novo paradigma de cooperação Sul-Sul", declarou o presidente Lula, que participou da Cúpula África-América do Sul, realizada na Nigéria.
"Se queremos outra globalização, menos desigual, mais solidária, precisamos construir parcerias estratégicas que atendam os países mais pobres", disse Lula. Na quarta-feira, o presidente teve que cancelar parte de sua agenda devido a uma lesão no pé direito, agora enfaixado. Ele aparentava alguma melhora nesta quinta-feira."
Lula, Kadafi, Chávez... boa coisa não vejo como sair de um encontro onde esses são as estrelas.
Lula tem uma fixação por países pobres. Parece-me que pretende não somente ser "o pai dos pobres" dos brasileiros,mas também dos pobres de todo o Terceiro Mundo. Esse negócio de "Pai dos Pobres" faz um mal imenso aos pobres, supostamente beneficiados. Imaginem uma paternidade da pobreza cobrindo a América Latina, a África e partes da Ásia e Oceania. Receita segura para um desastre.
Quando vejo coisas assim,não deixo de pensar: o Brasil, ao invés de se espelhar nos modelos que deram certo, vai buscar se juntar com quem dá errado, muitas vezes com quem é pior do que ele. Que progresso pode ter um país assim?
|
 
Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com Acessos: