Em Lisboa
“Lisboa, de todos os encantos”... Assim inicia a Canção de Lisboa, interpretada por Raquel Peters. De fato,a capital portuguesa é,para dizer o mínimo, encantadora. Minha viagem à Lisboa foi a primeira de outrta série de viagens, iniciada na segunda metade de Dezembro, com minha família. Foi a primeira vez que vi minha família desde que havia me trasladado para terras européias. Por aí já podem avaliar.
Mas a aventura já se iniciou nos preparativos da ida, ainda em Salamanca. Como sou useiro e vezeiro em procrastinar as coisas que devo fazer, tardei muito a arrumar minhas coisas e a preparar-me para o banho. Resultado:perdi o trem para Lisboa! A sorte que tive foi que o taxista era bastante prestativo e ofereceu-se para levar-me até Ciudad Rodrigo,para de lá pegar o trem. Depois de uma demora para conseguir o dinheiro da viagem (300 € !!!) , fomos em disparada. Tensão,muita tensão. Chegamos finalmente na estação de Ciudad Rodrigo. Problemas com meu celular,mas conseguimos contato e foi possível pegar o trem. Antes de pagar, disse-lhe que ia dar-lhe todo o dinheiro que possuía. Ele compadeceu-se de mim e deixou-me ficar com 10 euros, que seriam pagos depois, quando eu voltasse. Não imaginam como fiquei feliz com isso! Prometi a mim mesmo que o pagaria quando voltasse, mas nunca mais o vi, até o procurei por lá. Juro.
O trem que vai de Salamanca para Portugal não é um primor de conforto mas, dessa vez, mais parecia um trem de gado ou carga, um desses comboios comuns no Terceiro Mundo. Viajei boa parte do tempo em pé, no corredor, com minhas malas a trapalharem tudo. Só bem mais tarde consegui uma vaga numa cabine – sozinho com um fumante de haxixe. Por aí podem ter idéia do conforto da ida.
Finalmente, Lisboa! Não sei se desembarquei na estação Santa Apolônia ou Oriente, mas lembro-me de que por ela já pude ter idéia do tamanho de Lisboa. Peguei um táxi que me levou ao Hotel (bem afastado,por sinal) e fui com medo de que meus parcos 10 euros não fossem suficientes,mas felizmente foram.
Não estavam no hotel ainda, mas subi. Estava aborrecidíssimo como sucedido, e morto de cansado. Como podem intuir, não preguei o olho durante a viagem. Vi um pouco de TV e despenquei no sono.
Tempos depois sou acordado e, assustado, eis que vejo meu pai,minha irmã,minha avó materna,minha tia e seu marido no quarto. Haviam chegado, finalmente! Não pudemos conter a emoção! Abraços, beijos, lágrimas. Começamos a pôr ordem às coisas e,mais tarde, saímos a conhecer a cidade como grupo (estávamos em excursão).
Como havia dito antes, Lisboa é encantadora. Seu magnífico Oceanário (ficamos qual crianças ante os animais marinhos), seus bares, restaurantes, ruas, gente, tudo era por demais agradável. Mais ainda quando se pode desfrutar ao lado de pessoas amáveis como seus familiares queridos.
Difícil é descrever aqui em detalhes minha estadia lisboeta, tal qual fiz com a crônica sobre Berlim. Foi tudo de uma beleza surreal, onírica, sinestésica, que seriam infrutíferas minhas tentativas de narrá-las linearmente. No entanto, quero deixar marcados três momentos especiais: A Torre de Belém, o Monumento às Grandes Navegações e o Mosteiro dos Jerónimos.
Comecemos pelo Monumento às Grandes Navegações: Alto,imponente,próximo à Torre de Belém, maravilhou-nos muito por não só por si mesmo, mas porque também é um monumento que diz muito à respeito de nós brasileiros. Pode parecer estranho que alguém aprenda tanto sobre seu país ao sair dele mas isso é plenamente possível. No caso do Brasil, estando em Portugal, isso é praticamente inevitável. Obviamente que nosso descobridor, Pedro Álvares Cabral está entre os navegadores esculpidos no monumento.
A Torre de Belém fica na margem direita do famoso Rio Tejo. Foi construída com fins militares no séc. XVI. Não se pode ir à Lisboa sem visitar a Torre. Linda, imponente, apesar de parecer maior nas fotografias do que vista diretamente, é de grande beleza. Nos balcões de suas janelas, percebe-se a influência mourisca na arquitectura portuguesa. Por meio de um decreto governamental de 1907, foi declarada Monumento Nacional e, em 1983, a UNESCO nomeou-a Patrimônio Cultural de Toda a Humanidade.
O Mosteiro dos Jerónimos representa o auge da arquitetura Manuelina do Séc. XVI em Portugal. Mas o principal dele,para mim, foi o facto de este mosteiro abrigar os túmulos de Vasco da Gama, do rei D. Sebastião, D.Manuel I, D. Henrique, Luís de Camões, entre outros. Não pude deixar de tirar uma foto junto ao vate d’ Os Lusíadas,claro! Mais tarde, soube estar enterrado ali também Fernando Pessoa. Raios não ter visitado também o sepulcro do Poeta do Chiado!
Emfim, de Lisboa tenho belíssimas recordações, tanto da cidade, que é amável e fascinante ao ponto de compensar várias voltas à ela, como por ter, enfim, revisto meus familiares queridos.
Mas a aventura já se iniciou nos preparativos da ida, ainda em Salamanca. Como sou useiro e vezeiro em procrastinar as coisas que devo fazer, tardei muito a arrumar minhas coisas e a preparar-me para o banho. Resultado:perdi o trem para Lisboa! A sorte que tive foi que o taxista era bastante prestativo e ofereceu-se para levar-me até Ciudad Rodrigo,para de lá pegar o trem. Depois de uma demora para conseguir o dinheiro da viagem (300 € !!!) , fomos em disparada. Tensão,muita tensão. Chegamos finalmente na estação de Ciudad Rodrigo. Problemas com meu celular,mas conseguimos contato e foi possível pegar o trem. Antes de pagar, disse-lhe que ia dar-lhe todo o dinheiro que possuía. Ele compadeceu-se de mim e deixou-me ficar com 10 euros, que seriam pagos depois, quando eu voltasse. Não imaginam como fiquei feliz com isso! Prometi a mim mesmo que o pagaria quando voltasse, mas nunca mais o vi, até o procurei por lá. Juro.
O trem que vai de Salamanca para Portugal não é um primor de conforto mas, dessa vez, mais parecia um trem de gado ou carga, um desses comboios comuns no Terceiro Mundo. Viajei boa parte do tempo em pé, no corredor, com minhas malas a trapalharem tudo. Só bem mais tarde consegui uma vaga numa cabine – sozinho com um fumante de haxixe. Por aí podem ter idéia do conforto da ida.
Finalmente, Lisboa! Não sei se desembarquei na estação Santa Apolônia ou Oriente, mas lembro-me de que por ela já pude ter idéia do tamanho de Lisboa. Peguei um táxi que me levou ao Hotel (bem afastado,por sinal) e fui com medo de que meus parcos 10 euros não fossem suficientes,mas felizmente foram.
Não estavam no hotel ainda, mas subi. Estava aborrecidíssimo como sucedido, e morto de cansado. Como podem intuir, não preguei o olho durante a viagem. Vi um pouco de TV e despenquei no sono.
Tempos depois sou acordado e, assustado, eis que vejo meu pai,minha irmã,minha avó materna,minha tia e seu marido no quarto. Haviam chegado, finalmente! Não pudemos conter a emoção! Abraços, beijos, lágrimas. Começamos a pôr ordem às coisas e,mais tarde, saímos a conhecer a cidade como grupo (estávamos em excursão).
Como havia dito antes, Lisboa é encantadora. Seu magnífico Oceanário (ficamos qual crianças ante os animais marinhos), seus bares, restaurantes, ruas, gente, tudo era por demais agradável. Mais ainda quando se pode desfrutar ao lado de pessoas amáveis como seus familiares queridos.
Difícil é descrever aqui em detalhes minha estadia lisboeta, tal qual fiz com a crônica sobre Berlim. Foi tudo de uma beleza surreal, onírica, sinestésica, que seriam infrutíferas minhas tentativas de narrá-las linearmente. No entanto, quero deixar marcados três momentos especiais: A Torre de Belém, o Monumento às Grandes Navegações e o Mosteiro dos Jerónimos.
Comecemos pelo Monumento às Grandes Navegações: Alto,imponente,próximo à Torre de Belém, maravilhou-nos muito por não só por si mesmo, mas porque também é um monumento que diz muito à respeito de nós brasileiros. Pode parecer estranho que alguém aprenda tanto sobre seu país ao sair dele mas isso é plenamente possível. No caso do Brasil, estando em Portugal, isso é praticamente inevitável. Obviamente que nosso descobridor, Pedro Álvares Cabral está entre os navegadores esculpidos no monumento.
A Torre de Belém fica na margem direita do famoso Rio Tejo. Foi construída com fins militares no séc. XVI. Não se pode ir à Lisboa sem visitar a Torre. Linda, imponente, apesar de parecer maior nas fotografias do que vista diretamente, é de grande beleza. Nos balcões de suas janelas, percebe-se a influência mourisca na arquitectura portuguesa. Por meio de um decreto governamental de 1907, foi declarada Monumento Nacional e, em 1983, a UNESCO nomeou-a Patrimônio Cultural de Toda a Humanidade.
O Mosteiro dos Jerónimos representa o auge da arquitetura Manuelina do Séc. XVI em Portugal. Mas o principal dele,para mim, foi o facto de este mosteiro abrigar os túmulos de Vasco da Gama, do rei D. Sebastião, D.Manuel I, D. Henrique, Luís de Camões, entre outros. Não pude deixar de tirar uma foto junto ao vate d’ Os Lusíadas,claro! Mais tarde, soube estar enterrado ali também Fernando Pessoa. Raios não ter visitado também o sepulcro do Poeta do Chiado!
Emfim, de Lisboa tenho belíssimas recordações, tanto da cidade, que é amável e fascinante ao ponto de compensar várias voltas à ela, como por ter, enfim, revisto meus familiares queridos.
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