PAULO FRANCIS

Neste domingo, o GNT apresentou no Manhattan Connection um especial sobre Paulo Francis, um dos mais destacados jornalistas do Brasil, falecido em fervereiro de 1997, em Nova York, de ataque cardíaco.
Culto, irônico, debochado e perspicaz: são adjetivos que caracterizam bem o estilo de Francis. Apesar de o especial ser praticamente uma colcha de retalhos de suas participações no programa, foi o suficiente para ver sua cultura e seu caráter irreverente.
Eu poderia fazer um longo comentário sobre a vida e a obra de Paulo Francis, mas não o farei por não saber o suficiente a respeito e por ter consciência de que neste site, dedicado ao jornalista e escritor, o leitor terá mais informações a respeito do mesmo, muito mais seguras do que a desse pequeno escriba a quem o leitor honra lendo seu modesto blog. No mais, waall!!!!

Voltei hoje, em torno das 5hs e alguns minutos da manhã de um excelente festival ao qual fui em todas as suas 4 edições. Nas duas primeiras, fui em todos os dias. na de 2003, dois dias e agora apenas em um, no domingo. Mesmo assim foi muito bom e espero voltar a curtir tudo nos próximos anos. É, de fato, excelente!

Acordei às 11:32 e há pouco me recuperei do atordoado que essas coisas sempre deixam. Não sei por que o verso final deste poema está agora martelando minha cabeça, mas isso é motivo de sobra para eu postar-lo aqui:

Acrobata da Dor


"Gargalha, ri, num riso de tormenta,
Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
De uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
Pelo estertor dessa agonia lenta ...

Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d'aço. . .

E embora caias sobre o chão, fremente,
Afogado em teu sangue estuoso e quente,
Ri! Coração, tristíssimo palhaço"

Cruz e Souza, poeta brasileiro.

.EL NIÑO MUDO

"El niño busca su voz.
(La tenía el rey de los grillos).
En una gota de agua
buscaba su voz el niño.

No la quiero para hablar;
me haré con ella un anillo
que llevará mi silencio
en su dedo pequeñito.

En una gota de agua
buscaba su voz el niño.

(La voz cautiva, a los lejos,
seponía un traje de grillo)."

Federico García Lorca, poeta espanhol.

"[W]e must consider first and last the American national interest. If we do not, if we construct our foreign policy on some abstract theory of our rights and duties, we shall build castles in the air. We shall formulate policies whih in fact the nation will not support with its blood, its sweat, and its tears."

Walter Lippmann , jornalista americano, em 1943.

No Mídia Sem Máscara, reencontrei este excelente artigo de Diogo Mainardi, um exemplo, muito mal divulgado por nossa mídia, da "brilhante" política externa do nosso presidente Lula. Tomara que os que leiam isso reflitam mais um pouco.

CÁRCERE DAS ALMAS

Ah! Toda a Alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!

Cruz e Souza, poeta brasileiro.

CLÁUDIO DE NOVO

Ainda concordando com o Cláudio Avólio:

"Sou brasileiro e não desisto nunca... de sair desta merda!"

Somos dois, Cláudio. Somos dois.

Para os nefelibatas que acham que a intervenção brasileira no Haiti tem como único fim a busca da paz,

PT investe em formação de partido de esquerda no Haiti

Embora o Secrétário-Adjunto de Assuntos Internacionais do PT, Paulo Ferreira, negue ser uma ingerência nos assuntos haitianos, não há como negar esse caráter, visto a força do PT e o fato de ele ser o partido governista no Brasil. Mas nisso ainda acho melhor a do Cláudio Avolio :"País ajudado pelo PT é igual papel higiênico: quando não está no rolo, está numa pior."
Sem mais.

MAIS LIVROS

Hoje, por volta do meio-dia, recebi os seguintes livros encomendados:

*Discurso Sobre a Servidão Voluntária- Étienne de La Boétie,
*Os Anos Vermelhos- Hua Linshan, e
*Democracy-The God That Failed- Hans-Hermann Hoppe.

Esperava receber o do Hoppe só em dezembro, por isso fiquei surpreso ao vê-lo já. Quanto aos outros, vieram na data certa.
São, cada qual ao seu modo, libelos a favor da liberdade humana, contra a tirania do Estado. Futuramente, discorrerei melhor sobre cada um deles.

PEDIDO

Alguém aí tem uma foto do escritor catalão Joanot Martorell?A quem a tiver,peço, encarecidamente, que ma envie. Ficarei muito grato por isso.

BUSH RE-ELECTED!

Ontem o resultado das eleições presidenciais americanas foi divulgado e, para desgosto de muitos intelectuais, membros da grande mídia e outras pessoas (nem sempre lá muito boas), revelou que o presidente George W. Bush foi reeleito para mais um mandato de 4 anos, só devendo deixar a Casa Branca em 2008.
Quando falei de "desgosto", referia-me a torcida nem sempre bem disfarçada, principalmente por parte da imprensa, pelo democrata John Kerry. Quem acompanhou a cobertura das eleições dos EUA pela mídia brasileira e acreditou piamente nela tinha como certa a vitória esmagadora de Kerry e, conseqüentemente, uma derrota fragorosa do Partido Republicano no dia 2 de Novembro. O que se viu, como bem mostra o jornal USA Today , foi exatamente o contrário. Um nocaute na parcialidade e desonestidade jornalística brasileira!
Quanto a mim, bem, pode não parecer, considerando a leitura deste post até aqui, mas nunca cri que Bush fosse um estadista do porte de um Ronald Reagan ou de um Winston Curchill, nem que fosse um representante "de primeira" do conservadorismo tradicional americano, mas Kerry era uma opção tão nefasta, tão comprometida com a China, o Vietnã e com a ONU , além de ser defensor ardente de causas modernistas como o casamento gay, aborto e controle de armas, que Bush, com todos os seus erros e suas deficiências, mostrou-se ser um candidato muito melhor para comandar os EUA pelos próximos 4 anos do que o democrata.
Resta-nos esperar que Bush se consolide e, em seu segundo mandato, possa fazer um governo bem melhor do que o primeiro.