Pérolas Carnavalescas no Orkut
Acabou-se o carnaval. Da minha parte, não me incomoda muito o fim da festa. Quando criança, eu gostava bastante de carnaval, brincava muito, eram dias de grande folia. Depois que cresci o carnaval ainda me agradava, mas já não tanto. Gostava da brincadeira nas praias, mas não tinha o mesmo ânimo de meus companheiros de geração. Aliás, nunca tive. Ainda hoje não consigo passar os tais 4 ou 5 dias em plena folia. Brinco nuns descanso noutros. Passar um carnaval caseiro, para mim, não é problema grande. Seria se passasse dois carnavais assim.
Bem se vê que o carnaval, para mim, não tem o caráter sagrado que possui para a maioria dos brasileiros. Mas também não é uma futilidade perfeitamente dispensável.
Na comunidade do Olavo de Carvalho no orkut, leio os seguintes comentários sobre o carnaval. Posto aqui diversas “pérolas” suas.
eu acho irado.acho um impulso de vida!quem vai na bahia sente o que é ser brasileiro. se os americanos tem seu thanksgiving day, se os franceses seu 15 juillet, nós temos o Carnaval. que reforça o vínculo com a vida.
Quer dizer que somente na Bahia sabe-se o que é “ser brasileiro”? Ceará, Pernambuco, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Rio Grande do Sul não fazem parte do Brasil? Talvez o rapaz quisesse falar em “ser brasileiro” em referência ao estereótipo do brasileiro como um tipo profundamente carnavalesco, sensual, mestiço, para o qual o lazer é seu grande componente ontológico. Ainda assim sua sentença é falsa, visto tais características não serem restritas à Bahia.
Bem se vê que o carnaval, para mim, não tem o caráter sagrado que possui para a maioria dos brasileiros. Mas também não é uma futilidade perfeitamente dispensável.
Na comunidade do Olavo de Carvalho no orkut, leio os seguintes comentários sobre o carnaval. Posto aqui diversas “pérolas” suas.
eu acho irado.acho um impulso de vida!quem vai na bahia sente o que é ser brasileiro. se os americanos tem seu thanksgiving day, se os franceses seu 15 juillet, nós temos o Carnaval. que reforça o vínculo com a vida.
Quer dizer que somente na Bahia sabe-se o que é “ser brasileiro”? Ceará, Pernambuco, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Rio Grande do Sul não fazem parte do Brasil? Talvez o rapaz quisesse falar em “ser brasileiro” em referência ao estereótipo do brasileiro como um tipo profundamente carnavalesco, sensual, mestiço, para o qual o lazer é seu grande componente ontológico. Ainda assim sua sentença é falsa, visto tais características não serem restritas à Bahia.
Mas a coisa piora quando compara o carnaval brasileiro ao thanksgiving day ianque ou ao 14 de Julho francês (depois ele se retificou quanto à data). A diferença está no significado das festividades. Nas duas celebrações estrangeiras, festeja-se algo que tem importância crucial para a constituição de suas respectivas sociedades e, no caso francês, de importância mundial. Já o carnaval brasileiro é apenas um evasionismo popular que de forma alguma “reforça o vínculo com a vida”.
Carnaval é massa. é o camarada ceder aos impulsos vitais. é uma saturnal, um momento dionisíaco, de renovação. não somos teutônicos.
Perceberam que o rapaz celebra o facto de que muitos foliões do carnaval animalizam-se durante a festa? Será que é preciso comentar mais sobre essa bobeira?
Carnaval é massa. é o camarada ceder aos impulsos vitais. é uma saturnal, um momento dionisíaco, de renovação. não somos teutônicos.
Perceberam que o rapaz celebra o facto de que muitos foliões do carnaval animalizam-se durante a festa? Será que é preciso comentar mais sobre essa bobeira?
vcs, falsos-certinhos, comportam-se como bobocas. uma coisa é brincar o carnaval, outra é ser descuidado no trânsito, não usar preservativo.por exemplo: o preservativo é condenado pela igreja católica, igreja católica é conservadora, o carnaval (nosso ramadã, embora esvaziado)é festa católica. portanto, por uma lógica muito obtusa, quem faz sexo no carnaval sem camisinha está de acordo com a igreja católica e por consequência é conservador.
Hum, me deixa ver se eu entendi: o Ramada, mês sagrado do Islã é comparável a uma festa profana como o carnaval. Logo, o carnaval (festa pagã) é tomado como católico e fazer o que quiser nele, mesmo que contrariando os mandamentos da Igreja Católica é uma postura bastante católica e conservadora.
Sem dúvida alguma, a asneira dita pelo carnavalesco já saltou aos olhos dos leitores
e a bahia tem muito de se orgulhar por ser ela que nos faz brasileiros, um brasileiro que se preze há de ir obrigatoriamente para 3 lugares: Salvador, Recife e Rio de Janeiro, ali está o Brasil. O resto é dependente cultural. Até hoje São Paulo recalca-se de Mestre Freyre não ser de lá. (claro que Buarque de Hollanda tb é fantástico, mas Freyre melhor)
De novo, o rapaz não se contêm em sua redução imbecil do Brasil, desta vez em três cidades. Fica claro que o Brasil do qual ele fala não é exatamente o Brasil concreto onde vivem e são os brasileiros, mas daquele Brasil tipo exportação, ideal para turistas do Primeiro Mundo. Um Brasil estereotipado, mas que esse brasileiro jura ser O Brasil.
Hum, me deixa ver se eu entendi: o Ramada, mês sagrado do Islã é comparável a uma festa profana como o carnaval. Logo, o carnaval (festa pagã) é tomado como católico e fazer o que quiser nele, mesmo que contrariando os mandamentos da Igreja Católica é uma postura bastante católica e conservadora.
Sem dúvida alguma, a asneira dita pelo carnavalesco já saltou aos olhos dos leitores
e a bahia tem muito de se orgulhar por ser ela que nos faz brasileiros, um brasileiro que se preze há de ir obrigatoriamente para 3 lugares: Salvador, Recife e Rio de Janeiro, ali está o Brasil. O resto é dependente cultural. Até hoje São Paulo recalca-se de Mestre Freyre não ser de lá. (claro que Buarque de Hollanda tb é fantástico, mas Freyre melhor)
De novo, o rapaz não se contêm em sua redução imbecil do Brasil, desta vez em três cidades. Fica claro que o Brasil do qual ele fala não é exatamente o Brasil concreto onde vivem e são os brasileiros, mas daquele Brasil tipo exportação, ideal para turistas do Primeiro Mundo. Um Brasil estereotipado, mas que esse brasileiro jura ser O Brasil.
Vamos todos falar tchê! ou então 'ô meu'! ou então puuuooorrrrrrta.
Falemos tal qual já falamos. Se for para mudar alguma coisa, que se respeite então a língua portuguesa. Mantenham os regionalismos, não há problema.
Falemos tal qual já falamos. Se for para mudar alguma coisa, que se respeite então a língua portuguesa. Mantenham os regionalismos, não há problema.
até milico brinca carnaval.
E daí?
E daí?
o carnaval, talvez tenham esquecido de tanto brincar, antecede um período de 40 dias de jejum... ou seja: ramadã, mas o Brasileiro tem um jeito especial de ser católico, é a contribuição nacional à humanidade.
Maluquice pouca é bobagem! Essa parece ter sido a melhor!
Maluquice pouca é bobagem! Essa parece ter sido a melhor!
O Ramada é um MÊS sagrado. Não conheço em detalhes o calendário islâmico, mas presumo que nele os dias sejam também na ordem de 30 ao mês, e não 40.
O “jeito especial de ser católico” dos brasileiros pode ser resumido de uma forma simples: é ser superficialmente católico, de pouco se importar com a religião, exceto em acontecimentos sociais e caso de necessidade imediata. E nem nosso catolicismo ralo nem nosso carnaval são, em hipótese alguma, uma contribuição à humanidade. São idiossincrasias brasileiras, nada mais. Não têm valor universal.
O “jeito especial de ser católico” dos brasileiros pode ser resumido de uma forma simples: é ser superficialmente católico, de pouco se importar com a religião, exceto em acontecimentos sociais e caso de necessidade imediata. E nem nosso catolicismo ralo nem nosso carnaval são, em hipótese alguma, uma contribuição à humanidade. São idiossincrasias brasileiras, nada mais. Não têm valor universal.
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