Línguas
(Crônica)
Desde os meus 11 anos de idade, estudo línguas estrangeiras. Assim como os outros de minha geração, o primeiro idioma alienígena que estudei foi o inglês. Mal havia ingressado na 5ª série, meus pais puseram-me num curso de inglês. Passei a conhecer o idioma anglo-saxão por duas vias: o curso privado e o colégio, já que a matéria também era ensinada a partir daquela série. Atualmente, crianças da 1ª série já se iniciam em suas escolas na língua de Shakespeare.
Naquela época eu muito pouco me importava em aprender inglês. Era ainda um tanto criança e sentia-me subitamente atirado a uma nova realidade de responsabilidades e cobranças à qual não queria e nem me sentia preparado. Em conseqüência meu desempenho nos primeiros anos do curso não foi nada laudatório.
Com o tempo, as coisas mudaram. Conheci cada vez mais os meandros da língua e isso me mostrou sua utilidade, beleza e graça. Eu lia cada vez mais para buscar o conhecimento e fui percebendo que idiomas são como passaportes que nos dão acesso aos mais variados povos, homens e culturas. Desenvolvi então um vivíssimo interesse em aprender línguas, a tal ponto que considerei a idéia de cursar a faculdade de Letras, idéia esta que não foi muito longe. Desta feita, meu desleixo para com a língua inglesa tornou-se passado.
Certo dia, numa casa de praia, tive repentinamente a idéia de estudar Francês. Comprei então aquela coleção de banca de revista da Editora Globo e estudei a língua de modo um tanto irregular, como o faço até hoje, mesmo tendo depois freqüentado um curso regular por 1 ano e meio. Aprendi algo do idioma, mas não desisti de dominá-lo.
Depois, em 2003, veio o espanhol. A princípio uma necessidade, logo o castelhano tornou-se uma paixão. Uma língua sensual, plástica, nobre, evocativa da cultura latina e, mais especificamente, da vida ibero-americana. A paixão cresceu ainda mais depois de ter vivido um ano na Espanha. A língua espanhola é paixão para toda a vida.
Não me concebo mais como um monoglota. Aprender idiomas significou para mim uma mobilidade cultural inacreditável. Passei a ter acesso a um mundo cada vez mais vasto, a estar habilitado a ler os mais diferentes livros, jornais e sites de vários países. Foi um aperfeiçoamento cultural enorme. E tudo isso sem falar nas facilidades que me proporcionaram tais línguas em minhas viagens ao exterior.
Como disse anteriormente, o monoglotismo não me é mais aceitável. Tenho até dificuldades de entender como pessoas de classe média ou alta no Brasil vivem limitadas à língua portuguesa. Nem fazem idéia das maravilhas que perdem. Eu, que sei português,inglês, espanhol e um pouco de francês, ainda não me dou por satisfeito: pretendo aprimorar-me nesses idiomas, bem como aprender bem ainda alemão, italiano, grego chinês, russo, sueco... umas 12 línguas estrangeiras até o final da vida. Muita coisa, bem como muita vontade de fazê-lo.
Não aceite o monoglotismo. Abra ao máximo possível as janelas para o mundo, consiga todos os passaportes que puder para melhor poder viajar pela obras do engenho humano, assim como para conhecer melhor seus irmãos, seus semelhantes ao redor do mundo. Eis aí uma necessidade civilizacional.
Desde os meus 11 anos de idade, estudo línguas estrangeiras. Assim como os outros de minha geração, o primeiro idioma alienígena que estudei foi o inglês. Mal havia ingressado na 5ª série, meus pais puseram-me num curso de inglês. Passei a conhecer o idioma anglo-saxão por duas vias: o curso privado e o colégio, já que a matéria também era ensinada a partir daquela série. Atualmente, crianças da 1ª série já se iniciam em suas escolas na língua de Shakespeare.
Naquela época eu muito pouco me importava em aprender inglês. Era ainda um tanto criança e sentia-me subitamente atirado a uma nova realidade de responsabilidades e cobranças à qual não queria e nem me sentia preparado. Em conseqüência meu desempenho nos primeiros anos do curso não foi nada laudatório.
Com o tempo, as coisas mudaram. Conheci cada vez mais os meandros da língua e isso me mostrou sua utilidade, beleza e graça. Eu lia cada vez mais para buscar o conhecimento e fui percebendo que idiomas são como passaportes que nos dão acesso aos mais variados povos, homens e culturas. Desenvolvi então um vivíssimo interesse em aprender línguas, a tal ponto que considerei a idéia de cursar a faculdade de Letras, idéia esta que não foi muito longe. Desta feita, meu desleixo para com a língua inglesa tornou-se passado.
Certo dia, numa casa de praia, tive repentinamente a idéia de estudar Francês. Comprei então aquela coleção de banca de revista da Editora Globo e estudei a língua de modo um tanto irregular, como o faço até hoje, mesmo tendo depois freqüentado um curso regular por 1 ano e meio. Aprendi algo do idioma, mas não desisti de dominá-lo.
Depois, em 2003, veio o espanhol. A princípio uma necessidade, logo o castelhano tornou-se uma paixão. Uma língua sensual, plástica, nobre, evocativa da cultura latina e, mais especificamente, da vida ibero-americana. A paixão cresceu ainda mais depois de ter vivido um ano na Espanha. A língua espanhola é paixão para toda a vida.
Não me concebo mais como um monoglota. Aprender idiomas significou para mim uma mobilidade cultural inacreditável. Passei a ter acesso a um mundo cada vez mais vasto, a estar habilitado a ler os mais diferentes livros, jornais e sites de vários países. Foi um aperfeiçoamento cultural enorme. E tudo isso sem falar nas facilidades que me proporcionaram tais línguas em minhas viagens ao exterior.
Como disse anteriormente, o monoglotismo não me é mais aceitável. Tenho até dificuldades de entender como pessoas de classe média ou alta no Brasil vivem limitadas à língua portuguesa. Nem fazem idéia das maravilhas que perdem. Eu, que sei português,inglês, espanhol e um pouco de francês, ainda não me dou por satisfeito: pretendo aprimorar-me nesses idiomas, bem como aprender bem ainda alemão, italiano, grego chinês, russo, sueco... umas 12 línguas estrangeiras até o final da vida. Muita coisa, bem como muita vontade de fazê-lo.
Não aceite o monoglotismo. Abra ao máximo possível as janelas para o mundo, consiga todos os passaportes que puder para melhor poder viajar pela obras do engenho humano, assim como para conhecer melhor seus irmãos, seus semelhantes ao redor do mundo. Eis aí uma necessidade civilizacional.
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