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!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Nova Mensagem: Valeu a pena esquecer?

Nova Mensagem

Fábio V. Barreto

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terça-feira, junho 07, 2005

Valeu a pena esquecer?

Sem muito o que postar, resolvi pôr aqui o Comentário do Dia do Roberto Fendt, que recebi por e-mail. Está ótimo.
Completou 16 anos o massacre da Praça Tinanamen, em Beijing. Vale a pena recordar a seqüência de eventos e extrair dela alguma lição para nós.
Em 4 de maio de 1989, 100 mil estudantes e trabalhadores marcharam pacificamente em Beijing, exigindo reformas democráticas e o fim da corrupção. Em 20 de maio, o governo chinês impôs lei marcial para pôr fim às manifestações. Debalde. Em 3 e 4 de junho, tanques e tropas do 27º Exército Chinês atacaram os manifestantes na Praça Tiananmen, no Centro de Beijing.
As estimativas do número de mortos variam de 400 a 800, segundo fontes norte-americanas, a 2.600, segundo a Cruz Vermelha chinesa e a mais de sete mil, de acordo com os próprios manifestantes. O número de feridos pode ter chegado a 10 mil—aí incluídos soldados do Exército, atingidos por paus, pedras e coquetéis Molotov. Após o massacre, o governo chinês prendeu um grande número de suspeitos e controlou o acesso da imprensa estrangeira na apuração dos eventos. A condenação a essa selvageria foi unânime em todo o mundo—exceto, é claro, entre os esquerdistas locais.
Nós não esquecemos, mas alguns sim: os que procuraram varrer para debaixo do tapete esses vergonhosos eventos. O objetivo foi buscar a amizade e o apoio do governo chinês para a pretensão de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU—ocupados pela China, Estados Unidos, Inglaterra, França e Rússia. Foi para isso, aliás, que o governo brasileiro reconheceu a China como "economia de mercado".
"Fire is the devil’s only friend", já alertava Don McLean na letra da canção imortal, "American Pie". Ditaduras—de esquerda ou de direita, dá na mesma—não têm amigos, têm interesses. A pretensão do governo brasileiro foi gongada; não pelos Estados Unidos, o bode expiatório em permanente plantão, mas pela China.
Uma proveitosa lição, que poderá ou não ser aproveitada no futuro, já que o Poder continua cortejando os Castros e Chaves, e tendo por aliados o pessoal da tropa de choque de Fernando Collor. É bom aprender. Afinal, "fire is the devil’s only friend".

·Vice-presidente do Instituto Liberal
 
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