Eduardo Levy: A Memória do Futuro, o Futuro do Brasil e o de Todos Nós
O Eduardo Levy, meu amigo de BH e ótimo blogueiro, escreveu ontem, 01 de Junho de 2005, sua Minha Auto-biografia, Página 16, um relato fictício feito por ele mesmo, na velhice, recordando-se de sua juventude, seu amor pela Rafa, suas homéricas discussões filosóficas, religiosas, e principalmente políticas.
Lembra-se de seus acirrados embates com os esquerdistas e suas discussões mais ponderados com conservadores e liberais. Recorda-se de seus amigos, que he oferecera ajuda nos mais diversos momentos, entre os quais a Bianca Bermúdez, a Mariana Hiaya e o autor dessas linhas mal traçadas que vos escreve (Valeu por ter se lembrado de nós Eduardo! Você é demais!). Recorda-se de tudo o que todos nós vivemos nesses tempos, mais precisamente os dias de hoje.
Encerra o post com a terrível constatação de que os erros que os brasileiros cometeram ao não se oporem ao crescimento desmesurado do Estado; ao elegerem sempre os piores e menos capacitados para comandarem o país, fato que teve a eleição de Lula como um marco decisivo; ao abraçarem o tolo nacionalismo anti-americano; infelizmente, rendeu frutos: o Brasil continua sendo um país pobre, uma republiqueta de banana que se acha a grande promessa do futuro, um país inculto, mas que se crê culturalmente o máximo. É motivo de piada nos EUA e na Inglaterra, onde então reside nosso memorialista.
De tudo isso, pelo menos uma coisa pode ser dita como integralmente bem-afortunada: Levy descobre o amor por Rafa, e nesse amor vê o enorme valor e a esplêndida maravilha da vida. É esse amor que lhe dá um norte, um sentido para sua agitada existência. É ele, juntamente com a valorização da família, da paz conjugal e da serenidade da velhice que fazem com que o fim da vida terrena de nosso amigo seja feliz e tranqüilo, depois que, por obra da imbecilidade coletiva reinante no país, seus (e nossos) ideais políticos permanecem marginalizados, sem qualquer esperança de serem concretizados. De fato, é triste ver seu país afundar econômica, política, social, cultural e espiritualmente, denunciar isso sem cessar, mostrar o caminho para a superação dessas mazelas e ver tudo isso cair em ouvidos moucos, ver que não se chegou a resultado algum e o país continua a avançar no caminho à barbárie, seguir na estrada macabra da decivilização.
Talvez esse seja o destino do Brasil, mas como saber? Só o tempo o dirá.
Quanto a mim, espero que quando eu e todos os que ele citou chegarem à velhice, não sejam tão melancólicos, tão pessimistas quanto ao estado brasileiro de coisas, mas possam dizer: "eu estava e ainda estou do lado da verdade e, embora ela tenha sido negada e escamoteada, ela prevaleceu. Finalmente, o Brasil tornou-se um país melhor!”.
Lembra-se de seus acirrados embates com os esquerdistas e suas discussões mais ponderados com conservadores e liberais. Recorda-se de seus amigos, que he oferecera ajuda nos mais diversos momentos, entre os quais a Bianca Bermúdez, a Mariana Hiaya e o autor dessas linhas mal traçadas que vos escreve (Valeu por ter se lembrado de nós Eduardo! Você é demais!). Recorda-se de tudo o que todos nós vivemos nesses tempos, mais precisamente os dias de hoje.
Encerra o post com a terrível constatação de que os erros que os brasileiros cometeram ao não se oporem ao crescimento desmesurado do Estado; ao elegerem sempre os piores e menos capacitados para comandarem o país, fato que teve a eleição de Lula como um marco decisivo; ao abraçarem o tolo nacionalismo anti-americano; infelizmente, rendeu frutos: o Brasil continua sendo um país pobre, uma republiqueta de banana que se acha a grande promessa do futuro, um país inculto, mas que se crê culturalmente o máximo. É motivo de piada nos EUA e na Inglaterra, onde então reside nosso memorialista.
De tudo isso, pelo menos uma coisa pode ser dita como integralmente bem-afortunada: Levy descobre o amor por Rafa, e nesse amor vê o enorme valor e a esplêndida maravilha da vida. É esse amor que lhe dá um norte, um sentido para sua agitada existência. É ele, juntamente com a valorização da família, da paz conjugal e da serenidade da velhice que fazem com que o fim da vida terrena de nosso amigo seja feliz e tranqüilo, depois que, por obra da imbecilidade coletiva reinante no país, seus (e nossos) ideais políticos permanecem marginalizados, sem qualquer esperança de serem concretizados. De fato, é triste ver seu país afundar econômica, política, social, cultural e espiritualmente, denunciar isso sem cessar, mostrar o caminho para a superação dessas mazelas e ver tudo isso cair em ouvidos moucos, ver que não se chegou a resultado algum e o país continua a avançar no caminho à barbárie, seguir na estrada macabra da decivilização.
Talvez esse seja o destino do Brasil, mas como saber? Só o tempo o dirá.
Quanto a mim, espero que quando eu e todos os que ele citou chegarem à velhice, não sejam tão melancólicos, tão pessimistas quanto ao estado brasileiro de coisas, mas possam dizer: "eu estava e ainda estou do lado da verdade e, embora ela tenha sido negada e escamoteada, ela prevaleceu. Finalmente, o Brasil tornou-se um país melhor!”.
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