Novamente a Falácia Anarco-Capitalista
Pois é, volto ao tema. A contragosto, diga-se de passagem, já que não considero o anarco-capitalismo grande coisa e penso que fui deveras claro no primeiro artigo. Mas o Juliano respondeu-me, e não posso fingir uma indiferença que inexiste.
Quem quer que leia sua resposta, intitulada "Resposta a Fábio V. Barreto", percebe que o rapaz já começou por colocar minhas objeções de maneira solta, desconexa, que pouco esclarecem a quem as lê tal como ele, Juliano, as põe. Penso que isso mostra um pouco o funcionamento a cabeça do Juliano. Entretanto, como sou adepto da análise "linha por linha", a tomarei por referência nessa tréplica ao rapaz. Referência, pois algumas de suas colocações são tão tolas, primárias, enquanto outras consistem apenas na repetição do que refutei que me abstenho de seguir fielmente esse método. Seria um gasto de energia desnecessário. Assim, comentarei apenas os casos mais aberrantes. Quem quiser conferir na íntegra o que ele replicou, que leia o texto dele.
E agora começemos:
Primeiramente, o anarco-capitalismo não trata a sociedade como algo homegêneo e nem propoe uma sociedade ideal. O anarco-capitalismo versa sobre instituições alternativas ao monopólio da coerção existente atualmente. O anarco-capitalismo não propoe que as pessoas mudem, ele propoe que o arranjo institucional mude para se adequar a demanda dos indivíduos e acabar com a injustiça atual.
Para quem saiba o que é o anarco-capitalismo, não é muito difícil entender que ele é uma utopia, um projecto de organização social revolucionário, tal como o marxismo, o nazismo ou o positivismo. E isso porque ele teoriza sobre o inexistente, e propõe um "modelo alternativo" (tal como as outras 3 correntes supracitadas) baseado em pura especulação teorética, e não na História, na experiência ou na natureza das coisas.Toda corrente revolucionária começa por condenar a ordem vigente como intrínsecamente injusta, maligna, e propõe como alternativa um modelo radicalmente novo, distinto. O anarco-capitalismo não é diferente, como se vê pelo texto do Juliano e, melhor ainda , pelos escritos dos pensadores anarco-capitalistas, que julgam a realidade a partir de um modelo hipotético concebido por eles mesmos, tomando-o como paradigma da organização sócio-econômica da Humanidade.
Mais ainda pode ser dito: as demandas dos indivíduos podem ser satisfeitas com a existência do Estado. Isso é algo mais do que comprovado pela experiência, mas o Juliano parece ignorar isso.
Quem quer que leia sua resposta, intitulada "Resposta a Fábio V. Barreto", percebe que o rapaz já começou por colocar minhas objeções de maneira solta, desconexa, que pouco esclarecem a quem as lê tal como ele, Juliano, as põe. Penso que isso mostra um pouco o funcionamento a cabeça do Juliano. Entretanto, como sou adepto da análise "linha por linha", a tomarei por referência nessa tréplica ao rapaz. Referência, pois algumas de suas colocações são tão tolas, primárias, enquanto outras consistem apenas na repetição do que refutei que me abstenho de seguir fielmente esse método. Seria um gasto de energia desnecessário. Assim, comentarei apenas os casos mais aberrantes. Quem quiser conferir na íntegra o que ele replicou, que leia o texto dele.
E agora começemos:
Primeiramente, o anarco-capitalismo não trata a sociedade como algo homegêneo e nem propoe uma sociedade ideal. O anarco-capitalismo versa sobre instituições alternativas ao monopólio da coerção existente atualmente. O anarco-capitalismo não propoe que as pessoas mudem, ele propoe que o arranjo institucional mude para se adequar a demanda dos indivíduos e acabar com a injustiça atual.
Para quem saiba o que é o anarco-capitalismo, não é muito difícil entender que ele é uma utopia, um projecto de organização social revolucionário, tal como o marxismo, o nazismo ou o positivismo. E isso porque ele teoriza sobre o inexistente, e propõe um "modelo alternativo" (tal como as outras 3 correntes supracitadas) baseado em pura especulação teorética, e não na História, na experiência ou na natureza das coisas.Toda corrente revolucionária começa por condenar a ordem vigente como intrínsecamente injusta, maligna, e propõe como alternativa um modelo radicalmente novo, distinto. O anarco-capitalismo não é diferente, como se vê pelo texto do Juliano e, melhor ainda , pelos escritos dos pensadores anarco-capitalistas, que julgam a realidade a partir de um modelo hipotético concebido por eles mesmos, tomando-o como paradigma da organização sócio-econômica da Humanidade.
Mais ainda pode ser dito: as demandas dos indivíduos podem ser satisfeitas com a existência do Estado. Isso é algo mais do que comprovado pela experiência, mas o Juliano parece ignorar isso.
Todos imposto é roubo, se não fosse roubo não seria impostos. O pagamento de impostos é copulsório e se alguém deixar de pagar será sequestrado pelo estado. Imposto é roubo porque o estado inicia agressão contra os indivíduos para obtê-lo. Na URSS não existia propriedade privada. Não entendi o porque da sua conclusão de que se imposto é roubo, então propriedadenão existe.
Para além dos erros de grafia, o rapaz começa o comentário com uma frase que é um primor do raciocínio circular. A figura dos impostos é identificada de forma axiomática como um roubo, e fim de papo.
Sim, o pagamento é compulsório. Entretanto, ninguém é "seqüestrado" por não pagar impostos. Uma pessoa recebe multas ou, em último caso, pode ser presa por não o fazer. E isso porque os impostos têm uma importante dimensão social. Se o Estado permite que os cidadãos e as empresas não paguem seus impostos, ele estimula a sonegação fiscal e conseqüentemente compromete o funcionamento de si próprio, funcionamento este que é requisitado pelos mesmos indivíduos que os anarco-capitalistas crêem defender contra o Estado.
E deixe de tolices: na URSS existia propriedade privada sim, embora em pequena escala. Cerca de 20% da economia soviética estava no mercado negro, que era privado e tolerado até certo ponto pelo Estado soviético.
Para além dos erros de grafia, o rapaz começa o comentário com uma frase que é um primor do raciocínio circular. A figura dos impostos é identificada de forma axiomática como um roubo, e fim de papo.
Sim, o pagamento é compulsório. Entretanto, ninguém é "seqüestrado" por não pagar impostos. Uma pessoa recebe multas ou, em último caso, pode ser presa por não o fazer. E isso porque os impostos têm uma importante dimensão social. Se o Estado permite que os cidadãos e as empresas não paguem seus impostos, ele estimula a sonegação fiscal e conseqüentemente compromete o funcionamento de si próprio, funcionamento este que é requisitado pelos mesmos indivíduos que os anarco-capitalistas crêem defender contra o Estado.
E deixe de tolices: na URSS existia propriedade privada sim, embora em pequena escala. Cerca de 20% da economia soviética estava no mercado negro, que era privado e tolerado até certo ponto pelo Estado soviético.
E aonde está o direito de um indivíduo se negar a pagar para terceros utilizarem algo que ele não concorda? O governo é uma grande farsa onde todos querem viver as custas dos outros.
Criança, você já ouviu falar em sociedade? Sociedade opõe-se ao autismo ancap. Os invivíduos não são mundos apartados de maneira férrea uns dos outros, vivendo apenas lado a lado. Eles interegem, e têm aspirações comuns. E essas, normamente, são servidas pelos serviços públicos.
Seu entendimento de política é pueril demais. Procure entender conceitos como sociedade, pátria, nação, comunidade, etc, e depois venha discutir. Vá estudar, moleque!
Criança, você já ouviu falar em sociedade? Sociedade opõe-se ao autismo ancap. Os invivíduos não são mundos apartados de maneira férrea uns dos outros, vivendo apenas lado a lado. Eles interegem, e têm aspirações comuns. E essas, normamente, são servidas pelos serviços públicos.
Seu entendimento de política é pueril demais. Procure entender conceitos como sociedade, pátria, nação, comunidade, etc, e depois venha discutir. Vá estudar, moleque!
Qual é a porcentagem de brasileiros que concordam com impostos de 40% do PIB? Novamente: aonde está o meu direto de não sustentar os incapazes?
O facto de a carga tributária brasileira ser altíssima não "prova" que os impostos devem ser abolidos. Quem entende do assunto sabe que eles precisam ser reduzidos, e e isso para o benefício desses mesmos brasileiros que pedem menos impostos e serviços públicos de qualidade (algo possível, nem um pouco contráditório).
Achas que sustenta incapazes? Faça pressão para que setores da sociedade exijam mudança.
O facto de a carga tributária brasileira ser altíssima não "prova" que os impostos devem ser abolidos. Quem entende do assunto sabe que eles precisam ser reduzidos, e e isso para o benefício desses mesmos brasileiros que pedem menos impostos e serviços públicos de qualidade (algo possível, nem um pouco contráditório).
Achas que sustenta incapazes? Faça pressão para que setores da sociedade exijam mudança.
A democracia não surgiu junto com o homem e nem por isso era impossível. As pessoas contrarias a democracia utilizam os mesmos argumentos certo tempo atrás.
É a revolta contra a História e a experincia, again. O motivo é óbvio: elas mostram a irrealidade do anarco-capitalismo.
Mas a revolta do rapaz prossegue: fazendo uma vaga alusão aos inimigos da democracia, ele conclui que o anarco-capitalismo é também possível, mesmo sem base real. Isso parte da premissa segundo a qual basicamente qualquer arranjo social é possível, desde que se queira. Não entra aí a natureza humana, a natureza das coisas. Baseado na sua própria vontade, o Homem pode tudo.
Quando vejo tais coisas, não consigo deixar de lembrar-me : "sereis como deuses"...
É a revolta contra a História e a experincia, again. O motivo é óbvio: elas mostram a irrealidade do anarco-capitalismo.
Mas a revolta do rapaz prossegue: fazendo uma vaga alusão aos inimigos da democracia, ele conclui que o anarco-capitalismo é também possível, mesmo sem base real. Isso parte da premissa segundo a qual basicamente qualquer arranjo social é possível, desde que se queira. Não entra aí a natureza humana, a natureza das coisas. Baseado na sua própria vontade, o Homem pode tudo.
Quando vejo tais coisas, não consigo deixar de lembrar-me : "sereis como deuses"...
Os objetivos dos políticos e grupos de interesse são perpetuação no poder e imposição de suas vontades sobre os indivíduos. Libertários não pensam no estado, pensam nos direitos dos indivíduos.
A primeira parte é uma meia-verdade, na hipótese mais condescendente. Como o conhecimento político do Juliano é equiparável ao de um garoto da 7ª série, ele parece desconhecer completamente a noção de representação política. Ignora (?) que os políticos normalmente estão no poder justamente porque, de alguma forma, representam o poder e a ordem existente e exigido pela sociedade (para tanto, vale recordar, entre outras as noções aristotélicas das formas lícitas e ilicitas de governo). Em momento algum o rapaz parece desconfiar de que o projecto político posto em prática normalmente atende a interesses dos cidadãos, chegando mesmo a ser reclamado por estes.
Logo em seguida, ele passa à mentira pura e simples. Afinal de contas, os libertários não param de pensar no Estado, em que pese seu tão apregoado antiestatismo. Isso pode ser verificado na leitura de seus textos. O Estado está sempre lá, assim como o capitalismo e a burguesia estão sempre no pensamento dos marxistas, ou Deus na cabeça dos ateus militantes.
A primeira parte é uma meia-verdade, na hipótese mais condescendente. Como o conhecimento político do Juliano é equiparável ao de um garoto da 7ª série, ele parece desconhecer completamente a noção de representação política. Ignora (?) que os políticos normalmente estão no poder justamente porque, de alguma forma, representam o poder e a ordem existente e exigido pela sociedade (para tanto, vale recordar, entre outras as noções aristotélicas das formas lícitas e ilicitas de governo). Em momento algum o rapaz parece desconfiar de que o projecto político posto em prática normalmente atende a interesses dos cidadãos, chegando mesmo a ser reclamado por estes.
Logo em seguida, ele passa à mentira pura e simples. Afinal de contas, os libertários não param de pensar no Estado, em que pese seu tão apregoado antiestatismo. Isso pode ser verificado na leitura de seus textos. O Estado está sempre lá, assim como o capitalismo e a burguesia estão sempre no pensamento dos marxistas, ou Deus na cabeça dos ateus militantes.
A ética anarco-capitalista é o axioma do Libertarianismo, ou seja, a não iniciação de agressão. Você está se esquecendo que o mercado é formado pelos indivíduos, e que o poder econômico é concedido aos indivíduos que o servem melhor, qualquer posição contrária é fracasso anunciado aos negócios de qualquer "poderoso".
A ética do anarco-capitalismo é a ética da revolta, do autismo e do dinheiro.
O mercado só funciona bem quando não é absolutizado. Uma vez tornado um fim em si, ele é tão destrutivo quanto um Estado totalitário, já que absorve todas as energias para si próprio, não deixando mais espaço para nada. Não há cultura, espírito ou ordem que não seja violentada nesse quadro.
A ética do anarco-capitalismo é a ética da revolta, do autismo e do dinheiro.
O mercado só funciona bem quando não é absolutizado. Uma vez tornado um fim em si, ele é tão destrutivo quanto um Estado totalitário, já que absorve todas as energias para si próprio, não deixando mais espaço para nada. Não há cultura, espírito ou ordem que não seja violentada nesse quadro.
A justiça estatal se baseia na ineficiência. As vítimas são punidas duplamente e pessoas que não tem nada a ver com a disputa são obrigadas a banca-la financeiramente. Preciso colocar alguns dados mostrando como a justiça e polícia são ineficientes?
Bem se vê que o rapazola só entende de justiça aquilo que leu em Hoppe, Rockwell ou Rothbard. Por essa concepção, o Judiciário é organizado assim:"vamos fazer uma Justiça que não funciona!" Sugestão: estude um bocado de Direito e depois venha conversar, ok?
Tanto não entende de Direito e Justiça que pensa que disputas judiciais são assuntos completamente privados às partes da lide. Seguindo semelhante raciocínio, se um sujeito cometer um crime contra o Juliano, ninguém tem nada a ver com isso, e isso não tem a menos importãncia para as outras pessoas. Burrice em elevado grau.
Quanto aos dados, ponha sim. Mas ponha dados verdadeiros. E, claro, ponha dados relativos a diversos países, como o Brasil, os EUA, o Japão, a Colômbia, a Inglaterra, a Alemanha, a Dinamarca, o Zimbábue, a Rússia, o Cazaquistão, a Austrália, a Holanda, o Chile, a Islândia, a Irlanda, Israel, Irã, etc.
Bem se vê que o rapazola só entende de justiça aquilo que leu em Hoppe, Rockwell ou Rothbard. Por essa concepção, o Judiciário é organizado assim:"vamos fazer uma Justiça que não funciona!" Sugestão: estude um bocado de Direito e depois venha conversar, ok?
Tanto não entende de Direito e Justiça que pensa que disputas judiciais são assuntos completamente privados às partes da lide. Seguindo semelhante raciocínio, se um sujeito cometer um crime contra o Juliano, ninguém tem nada a ver com isso, e isso não tem a menos importãncia para as outras pessoas. Burrice em elevado grau.
Quanto aos dados, ponha sim. Mas ponha dados verdadeiros. E, claro, ponha dados relativos a diversos países, como o Brasil, os EUA, o Japão, a Colômbia, a Inglaterra, a Alemanha, a Dinamarca, o Zimbábue, a Rússia, o Cazaquistão, a Austrália, a Holanda, o Chile, a Islândia, a Irlanda, Israel, Irã, etc.
Os tribunais são escolhidos apriori nos contratos. As empresas de segurança não são o estado pois você pode pararde pagá-la e contratar outra.
É, o Juliano acredita piamente que, depois de assumirem um enorme papel social, semelhante aos "antigos" tribunais estatais, as empresas de arbitragem, fortemente ligadas às milícias de mercenários, simplesmente deixariam seus "clientes" irem-se embora com seus cobres, e ponto final. Otimismo antropológico tem limite, Juliano! Essas empresas se corromperiam logo e passariam a coagir seus clientes. E, nesse quadro, quem tem mais força: um indivíduo ou um grupo de mercenários?
É, o Juliano acredita piamente que, depois de assumirem um enorme papel social, semelhante aos "antigos" tribunais estatais, as empresas de arbitragem, fortemente ligadas às milícias de mercenários, simplesmente deixariam seus "clientes" irem-se embora com seus cobres, e ponto final. Otimismo antropológico tem limite, Juliano! Essas empresas se corromperiam logo e passariam a coagir seus clientes. E, nesse quadro, quem tem mais força: um indivíduo ou um grupo de mercenários?
Se você assume que o estado é positivo, logicamente para manter a consistência você deve defender um estado mundial.
Não seja burro, rapaz! Do reconhecimento de que o Estado é necessário não decorre que um Estado Mundial (ou seja, de um governo unificando politicamente todo o globo terrestre) deve existir. Existem coisas que a ideologia ancap não considera, embora tenham enorme importância para os homens, como o patriotismo, as rivalidades históricas, as experiências acumuladas ao longo do tempo, as independências nacionais, diferenças religiosas, diferenças culturais,étnicas e lingüísticas, etc. Tudo isso é incompatível com o projecto de governo mundial. Pare de falar besteira e acorde!
Não seja burro, rapaz! Do reconhecimento de que o Estado é necessário não decorre que um Estado Mundial (ou seja, de um governo unificando politicamente todo o globo terrestre) deve existir. Existem coisas que a ideologia ancap não considera, embora tenham enorme importância para os homens, como o patriotismo, as rivalidades históricas, as experiências acumuladas ao longo do tempo, as independências nacionais, diferenças religiosas, diferenças culturais,étnicas e lingüísticas, etc. Tudo isso é incompatível com o projecto de governo mundial. Pare de falar besteira e acorde!
O holocausto foi um suicídio do estado? Se os judeus eram o povo, e o povo é o estado, podemos considerar que o estado estava se suicidando?
Aqui o rapazola engrossa no sofisma (ou na ignorância?), já que em momento algum do meu texto eu disse que o povo é o Estado. Mentira tem perna curta, rapaz!
Aqui o rapazola engrossa no sofisma (ou na ignorância?), já que em momento algum do meu texto eu disse que o povo é o Estado. Mentira tem perna curta, rapaz!
Noção básica empresarial: reputação é extremamente importante para uma empresa, ainda mais uma empresa do setor de segurança.
Esse comentário foi feito quando argumentei que "se os violentos pagam bem à agência, ela segue subsistindo, e pode mesmo enriquecer", sobre a provisão de segurança no anarco-capitalismo. Confesso que, ao ler isso, sigo em dúvida se o Juliano é néscio ou ingênuo. Desde quando um criminoso violento se preocupa com "reputação empresarial"? Vejam se o Marcola ou o Fernandinho Beira Mar querem saber dessas coisas. Aliás, no anarco-capitalismo, que impede os próprios bandidos de montarem sua própria empresa de segurança? Em parte, já fazem isso, visto que os grandes criminosos já contam com diversos subalternos armados (às vezes, mais bem armados do que as forças de ordem. Isso para não falar do know-how que já possuem sobre combate, assaltos e, principalmente, armas.
Alguém pagar um serviço a uma empresa é bem diferente de ser roubado pelo estado e ser obrigado a pagar por algo que não deseja.
Aqui, faço minhas as palavras do meu amigo Conde Loppeaux da la Villanueva:
"Conde-Primeiramente, a segurança não é um capricho privado, mas um pressuposto básico da convivencia social e política. Se alguém te mata na rua, não é problema só seu, mas da comunidade, já que se um sujeito pode matar um, pode matar dois, três, quatro e assim por diante. . ."
A tréplica acabou por sair maior do que eu previra. Pensando bem, vou rever também outra coisa que disse no começo do texto: a partir de agora, darei cada vez mais atenção ao anarco-capitalismo. Não por seu valor intelectual ou por considerar seriamente suas propostas, mas porque estou cada vez mais interessado nos estudos sobre a mentalidade revolucionária, e o anarco-capitalismo, sem a menor sombra de dúvida, é um dos mais novos capítulos dela.
Marcadores: Anarco-Capitalismo, Liberalismo, Mentalidade Revolucionária, Política
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