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!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Nova Mensagem: É Cultura, e nao Economia!

Nova Mensagem

Fábio V. Barreto

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terça-feira, abril 11, 2006

É Cultura, e nao Economia!

José Nivaldo Cordeiro é um grande articulista do Mídia Sem Máscara. Um dos melhores, aliás, economista sempre pronto a atacar às falácias econômicas do marxismo.
No entanto, em seu último artigo "Resposta a Janer Cristaldo", o astuto economista comete os mais crassos erros de interprtaçao de um texto. Pretende ele, em sua crônica jornalística, refutar o "absurdo" escrito por Cristaldo em seu artigo "A prostituição do mercado livreiro".
Nivaldo argumenta, de modo geral, que o livro é um bem econômico como qualquer outro e, como tal, seu sucesso ou fracasso deve depender exclusivamente dos consumidores/leitores, no esquema do mercado livre. Considera como "desmedida arrogância" a idéia de alguém querer dizer a outro o que é melhor para se ler. Nessa linha, dá por derrubadas as idéias expostas por Janer Cristaldo.
O problema, no entanto, é que Nivaldo passou longe, muito longe da questao levantada por Janer. O que o jornalista gaúcho tratou foi do baixo nível do que aparece nas livrarias como sucessos de vendas, ao passo que grandes obras (como as de Camilo José Cela, Oriana Fallaci, Fernando Pessoa, Dostoiévski, entre outros) dificilmente alcançam sucesso, sendo preferidas as de Danielle Steel, Paulo Coelho e Dan Brown. Em suma, Janer fez uma crítica cultural ao mercado editorial e Nivaldo, entendendo tudo por um prisma inacreditávelmente estreito, imaginou um ataque à liberdade dos leitores de decidirem o que ler. Claro que qualquer intelectual (bem como qualquer pessoa) pode dizer o que os outros deveriam ler. O que nao pode é obrigá-los a tal, coisa que nem passou de longe a Janer. Eis o grande erro de Nivaldo: atacar com argumentos econômicos uma crítica cultural, algo tao inteligente quanto à atitude da Revista The Economist em analisar a Igreja Católica sob prismas econômicos. O resultado foi um desastre, como bem o mostrou Àlvaro Velloso de Carvalho.
No mais, é esperar que Nivaldo volte a brindar-nos com excelentes artigos sobre economia e política. Isso, claro, quado os fatos de economia e política falarem.
 
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