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!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Nova Mensagem: Existencialismo Blogueiro

Nova Mensagem

Fábio V. Barreto

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sábado, abril 23, 2005

Existencialismo Blogueiro

Este post foi inspirado neste daqui, do falecido blog do Victor Grimbaum (sim, quando um blog é abandonado ele simplesmente morre. Blog é ação. Depois falo mais disso.)
Mas o que quero falar mesmo é sobre a existência de um certo grupo de pessoas, o dos blogueiros. Nossa existência é o tema desse artigo. De fato, existimos? Como?
A primeira pergunta (escolástico hoje!) é, obviamente, sim. Mas como?
Estamos na internet, somos visitados e comentados, uns por muitos e outros por poucos. Mas, para muitos, nada mais somos do que isso, blogs. Sem rosto, sem cor, sem sexo, sem alma, sem carne, nada mais. Só mesmo um endereço virtual onde se lêem coisas, se vêem fotos, e comenta-se. Não temos voz, só letras. Não temos fala, só posts. Não nos procuram como a uma pessoa atrás de uma conversa para contar novidades, relembrar o passado ou qualquer outra coisa que se busca em qualquer outra pessoa. Não. Vão atrás de nós em busca do mais novo texto, comentam, e só.
Temos desejos, sonhos, sensações, amores, ódios, facetas, fraquezas, humores e tantas outras coisas como qualquer pessoa, e nem sempre nossos leitores vêem isso.
Não somos “pessoas virtuais”! Antes de termos blogs, somos pessoas reais como quaisquer outras, tenham elas seu espaço na internet ou não! Comemos, choramos, estudamos, rimos, trabalhamos, dormimos, brincamos, lemos, brigamos, vamos ao supermercado, pagamos contas, enfim, fazemos tudo o que os outros fazem. Apenas temos esse espaço virtual como nosso cantinho e nosso meio de expressão. Nele pomos o que queremos e, naturalmente, somos diferentes entre si. Quanto ao gostar, fica a critério do visitante.
Mas, será que não se trata apenas de uma inversão de percepção mas sim de uma inversão real? Será que nossa existência física não está se transformando, palautinamente, numa extensão de nossa existência virtual?
Bem, só posso responder que, na gigantesca maioria dos casos, felizmente, não. Ainda sabemos separar os dois mundos com boa nitidez. Temos nosso círculo de convivência real bem delimitado e dele participamos intensamente. Mas não se pode negar a tentação que a Rede oferece de simplesmente “virtualizar” nosso convívio social, ao propiciar contato fácil e rápido às mais diversas pessoas nos mais diversos lugares, convívio esse nem sempre orientado pela sinceridade.
Que fazer então? Como escapar disso? Como ter as duas existências (real e virtual) ao mesmo tempo, separadas em seus respectivos níveis hierárquicos?
Bem, a única maneira que vejo é não esquecermos jamais de que antes de blogueiros somos seres humanos, e como tais, animais sociais. Portanto, nada de nos encerrarmos no monitor como quem abre a janela pela qual o mundo inteiro se nos revela. Viva a vida! Nada de esquecer dos amigos reais, dos amores reais! Vamos todos atrás daqueles amigos que tanto gostamos, como também daqueles que ainda não temos, para que os possamos ter! Busquemos os amores reais, onde existem os beijos, os abraços, os sentimentos, os odores e não apenas mensagens na tela de um monitor!
A vida é isso mesmo. Nosso nível ontológico não pode cair ao de um mero blog, meio de expressão e não a finalidade da existência terrestre. Quem de forma diversa procede nega sua própria condição humana.
 
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