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!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Nova Mensagem: RECORDANDO 2005 (Parte 1)

Nova Mensagem

Fábio V. Barreto

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domingo, junho 04, 2006

RECORDANDO 2005 (Parte 1)

Uma amiga do orkut postou este texto na comunidade das Eleiçoes 2006. Nao poderia deixar de copiá-lo, é um dever cívico!
" LULA CONTRA O ESTUDO - Durante o lançamento do programa "Universidade para Todos", o presidente Lula declarou que o estudo pode ser prejudicial ao homem público. Isso porque, segundo a lógica do petista, quem tem pós-graduação e doutorado é menos sensível à realidade e às fragilidades do país. Lula, que não concluiu o ensino fundamental, voltou a falar mal de quem estuda em discurso em novembro, no qual afirmou não ser preciso ir "à Sorbonne para fazer coisas boas para o país". Ao longo do ano, o petista foi criticado diversas vezes por se gabar de não ter estudado.
FÉRIAS NO ALVORADA - O país descobre que amigos do filho mais novo do presidente Lula ficaram 15 dias em Brasília hospedados no Alvorada, com direito a passeio em lancha da Marinha, vôo em avião da FAB e churrasco no torto - tudo financiado com recursos públicos. Encantada com a mordomia, a turma divulgou várias fotos da farra na internet, por meio de fotologs que foram tirados do ar assim que a imprensa noticiou o caso.
CENSURA AO IBGE - Ministério do Planejamento impôs a censura ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao proibir a divulgação de dados e pesquisas estatísticas sem passar pelo crivo da pasta 48 horas antes de serem divulgadas à imprensa. Isso porque em janeiro o instituto desmentiu, por meio de dados, teses que o governo Lula considerava irrefutáveis. Em dezembro de 2004, por exemplo, a Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada pelo IBGE, constrangeu o Planalto ao revelar que a fome não é uma questão tão grave a ponto de justificar o "Fome Zero", uma prioridade de campanha de Lula que se revelou um embuste. Já a obesidade, que atinge cerca de 40% da população brasileira, devia ser mais bem-tratada pela gestão petista, informou o estudo.
MAL NA FITA - A organização não-governamental Human Rights Watch divulgou relatório no qual acusou o governo Lula de desrespeitar a liberdade de expressão. A ONG citou como exemplos os projetos de criação da Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual e do Conselho Federal de Jornalismo, além da tentativa de expulsão do jornalista Larry Rohter do Brasil. Trabalho escravo, tráfico humano, violência rural e conflito de terras também foram citados no documento.
CALOTE DE MARTA - A Prefeitura de São Paulo divulgou no dia 18 o tamanho do rombo deixado pela ex-prefeita Marta Suplicy nas contas do município. Na última semana de mandato, a petista revogou cerca de 8 mil empenhos, com valor total de cerca de R$ 594 milhões. Como a maioria dos serviços havia sido efetivamente realizada, o que Marta fez foi jogar a bomba para José Serra. Menos de doze meses depois da posse, o tucano era avaliado pela população paulistana como o melhor prefeito no primeiro ano de mandato em 20 anos. Um dos motivos foi exatamente ter conseguido encontrar uma saída para a bomba petista, pagando gradualmente a dívida.
DEBANDADA - Durante o 5º Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, o PT sofreu a primeira de uma série desfiliações em massa depois do início do governo Lula. Cerca de 110 militantes, em grande parte sindicalistas e economistas historicamente ligados ao partido, romperam com a legenda. O economista Plínio de Arruda Sampaio e o dirigente sindical Jorge Martins foram alguns dos nomes que abandonaram o barco petista antes do naufrágio que ocorreria meses mais tarde.
ELEIÇÃO DE SEVERINO - No dia 15, o PT conseguiu um feito inédito: pela primeira vez o partido com a maior bancada na Câmara dos Deputados não elegeu o comandante da Casa e nenhum representante na Mesa Diretora. Beneficiado pelo esfacelamento da bancada petista entre as candidaturas de Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães, Severino Cavalcanti (PP-PE) chegou ao posto de presidente com o apoio de 300 deputados. A consagração do "rei do baixo clero" foi possível, ainda, graças ao descontentamento da maioria dos parlamentares com os dois primeiros anos do governo Lula. Durante sua curta gestão, Severino comandou a Casa com decisões polêmicas e barganha constante com o Executivo. Mas, em setembro, o pepista sucumbiu ao arrastão de de núncias que varreu o país em 2005 e renunciou ao mandato de deputado federal, depois de a imprensa revelar que ele cobrava mensalinho do concessionário de um dos restaurantes da Câmara.
CAMPO SEM LEI - A missionária Dorothy Stang foi assassinada em Anapu, Pará, como resultado direto da incompetência do governo Lula no combate à violência no campo. Em vez investir em ações eficazes para assentar trabalhadores rurais, o governo do PT transferiu milhões para cooperativas envolvidas com o MST. Em novembro, a CPI da Terra, presidida pelo senador Alvaro Dias (PR), revelou que as transferências para as cooperativas eram desviadas para organizar as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Ainda em 2004, a CPI ouviu a freira e alertou o Ministério da Justiça para o risco de morte que ela corria.
PELO BEM DO PAÍS? - No dia 24, em Jaguaré (ES), Lula deu mais uma declaração desastrada. Segundo o petista, um "alto companheiro" lhe revelou no início do mandato supostos casos de corrupção no governo FHC. Mas, em vez de mandar apurar as denúncias, o petista mandou seu subordinado se calar, "para o bem do país". No entanto, a desculpa esfarrapada não colou e acabou derrubando o então presidente do BNDES, Carlos Lessa, o tal "alto companheiro". O PSDB interpelou Lula no Superior Tribunal Federal para cobrar esclarecimentos sobre o acobertamento. Se Lula realmente soubesse de irregularidades, teria cometido crime de prevaricação ao não denunciá-las ou mandar investigá-las. O líder tucano na Câmara, Alberto Goldman (SP), ainda entrou com representação contra o presidente na Mesa da Casa por crime de responsabilidade. Ao mesmo tempo, o líder no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou Voto de Censura contra o presidente. Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em nota, pediu uma retratação de Lula e se disse "chocado" com as acusações.
SAÚDE NO RALO - Uma das maiores conquistas da saúde brasileira sob a gestão do ministro José Serra, o programa de combate e tratamento à aids deixou de ser prioridade na gestão do PT. Em fevereiro, o governo atrasou o envio do coquetel de tratamento à doença em Minas Gerais e em São Paulo, onde mais de 30 mil pacientes foram prejudicados, apesar dos alertas feitos por técnicos do ministério. Durante os oito anos do governo tucano, as mortes causadas pelo HIV diminuíram 80%.
REFORMA INCOMPLETA - Anunciada por vários meses com panacéia para a crise que já se desenhava no final de 2004, a prometida e esperada reforma ministerial não saiu. Ou melhor, saiu pela metade: foram trocados apenas dois ministros, sendo que um era interino. Entraram Romero Jucá (PMDB-RR) na Previdência e Paulo Bernardo (PT-PR) no Planejamento. Jucá, aliás, durou pouco no cargo. Saiu em julho atropelado por denúncias. A troca mais esperada, a de Humberto Costa na pasta da Saúde, ocorreu somente um ano depois do escândalo da máfia dos vampiros.
UM JUBILEU MARCADO PELA VERGONHA - A comemoração do jubileu de prata do PT pareceu prenúncio do vexame que a legenda ia passar em 2005. Marcada inicialmente para Belo Horizonte no dia 13, a comemoração foi transferida para o dia 19, em Recife, para evitar constrangimentos com o grupo do deputado Virgílio Guimarães (MG), que lançou candidatura independente da bancada à Presidência da Câmara. Um dia depois da "festa", as correntes de esquerda do partido se reuniram em São Paulo para uma antifesta ao jubileu. Cerca de 800 petistas insatisfeitos estiveram presentes. No evento, um grupo de 13 parlamentares petistas anunciou posição contrária às reformas trabalhista e sindical do companheiro Lula. No meio da crise, em outubro, quase todos esses dissidentes deixaram o PT em busca do esquerdista PSol.
À LA STÁLIN - Em mais uma amostra do viés autoritário que marca seu governo, o presidente Lula realizou, em março, uma intervenção federal nos hospitais do Rio de Janeiro. Já de olho nas eleições de 2006, o presidente e seus companheiros buscaram minar uma possível candidatura do prefeito carioca César Maia (PFL) à Presidência e ainda feriram a autonomia da capital do Rio de Janeiro. A intervenção não produziu efeitos e, em dezembro, o sistema de saúde da cidade atingiu novo colapso, com emergências fechadas e hospitais em estado precário.
MARTA E O RELUZ - O líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), ingressa com ação no Ministério Público de São Paulo contra a ex-prefeita da capital paulista Marta Suplicy por improbidade administrativa. Em 2004, a petista aumentou o valor do contrato do Programa Luz para Todos (Reluz) sem consultar o Senado, o Ministério da Fazenda e a Câmara Municipal. Em dezembro, a Comissão de Assuntos Econômicos pediu ao MP que investigue Marta por improbidade administrativa.
QUASE NADA - Dois dias depois de defender salários justos para os servidores públicos, a fim de não perder quadros para a iniciativa privada, o presidente Lula concedeu um pífio reajuste linear de 0,1% para o funcionalismo. O percentual de aumento para 1,3 milhão de funcionários públicos só foi maior que o concedido no primeiro ano do governo Lula: 0,01%.
DESCUIDO - Em março, dois meses depois das denúncias sobre as primeiras mortes de crianças indígenas por desnutrição no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, a Câmara criou uma comissão externa para investigar o caso. Só naquele mês, seis crianças morreram de fome - foram 28 até junho. As mortes foram causadas por desvio de alimentos enviados aos indígenas e pelo despreparo da Funasa, responsável pelos programas de atendimento à saúde das comunidades. A deputada Thelma de Oliveira (MT), integrante da comisão, classificou a política indigenista de Lula de "desumana".
CORTES NO ORÇAMENTO - Segundo dados do IBGE, a carga tributária brasileira aumentou de 35,2% em 2003 para 36,6% do PIB em 2004. No entanto, o governo não elevou os recursos para programas sociais. Pelo contrário, continuou o corte no orçamento. Em abril de 2005, o Executivo contigenciou R$ 242,9 milhões destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública. Mas, por outro lado, aumentou os gastos públicos. No caso da publicidade, o crescimento foi de R$ 250 milhões. Com auxílio-moradia, o governo desembolsou R$ 7,3 milhões entre janeiro e março de 2005. Para se ter uma idéia, em todo o ano de 2002, último ano da gestão FH, os gastos com essa rubrica foram de R$ 11,7 milhões. Ao final de 2005, o governo Lula terá sugado da sociedade incríveis quase R$ 330 bilhões em tributos, um recorde histórico e vergonhoso.
FRACASSO DO BANCO POPULAR - Ivan Guimarães deixa a presidência do Banco Popular, que começou a operar em 2004. Naquele ano, o banco gastou R$ 29,7 milhões com propaganda e apenas R$ 21,3 milhões em créditos. Além disso, a instituição financeira contratou, sem licitação, consultoria da empresa do concunhado de Delúbio Soares.
5 ANOS DA LRF - O PSDB promoveu um grande encontro no dia 4, em Brasília, para comemorar os cinco anos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Um dos principais legados do governo FH, essa legislação visa estabilizar a dívida pública e disciplinar a boa gestão das finanças governamentais, segundo o modelo tucano de administração. Em pronunciamento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avaliou que o principal problema da gestão petista é andar na contramão do que estabelece a LRF. "Os gastos com nomeações e contratações são incessantes na gestão Lula", criticou o tucano.
VEXAMES DO PLANALTO - Em maio, o Planalto sofreu mais derrotas no Congresso, como já havia ocorrido com frequência em 2003 e 2004. No dia 5, o secretário de Justiça do governo de São Paulo, Alexandre de Moraes, indicado pelo PSDB e PFL, venceu a eleição para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele derrotou o candidato oficial, Sérgio Renault, contabilizando a quinta derrota do ano. A coleção de vexames do Executivo em 2005 incluiu, por exemplo, a perda da presidência da Câmara, o recuo na MP 232 - que aumentava os tributos para o setor de serviços, o veto do Senado à indicação do governo para a diretoria da Agência Nacional do Petróleo e a aprovação de projeto que amplia o número de beneficiários da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas). No dia 17, o governo enfrentou a sexta derrota. Por 203 votos a 137, o candidato indicado pelo PT ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, deputado José Pimentel (PT-CE), perdeu a vaga para o deputado Augusto Nardes (PP-RS). O pepista venceu o pleito com o apoio do PSDB.
ESCÂNDALO NOS CORREIOS - A revista Veja publicou denúncia de caso de corrupção ocorrido na Empresa Brasileira de Telégrafos (ECT). Fita mostra o funcionário Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil. De acordo com a reportagem, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ), na época presidente do PTB, comandava o esquema de cobrança de propina para favorecer empresários em licitações no órgão. No dia 17, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pediu a instalação de uma CPI para investigar as estatais. O tucano adiantou que o caso nos Correios não deveria ser o único. "Essa é apenas uma ponta do iceberg de um esquema de desvio de dinheiro público no governo Lula". A frase soou como profecia: pouco depois o Congresso iniciou as investigações que revelaram ao país um dos maiores esquemas de corrupção da história brasileira - o mensalão.
OPERAÇÃO-ABAFA - O governo Lula patrocina operação-abafa para evitar a instalação de CPIs no Congresso que visam investigar as denúncias da revista Veja. Primeiro, o Planalto convocou a base aliada para retirar assinaturas do requerimento que pedia a instalação da comissão. O presidente Lula teria decidido não pagar as emendas de parlamentares que jogassem contra o governo. Mas as manobras não deram muito resultado, já que mais de 230 parlamentares tinham assinado o documento. Então, o PT ameaçou investigar as privatizações na gestão FHC. Como a manobra não conseguiu intimidar o PSDB e a CPI dos Correios foi instalada, o governo ocupou tanto a presidência quanto a relatoria da CPI, em uma última tentativa de abafar as investigações. Pressionados pela opinião pública e pela oposição, tanto o senador Delcídio Amaral (PT-MS) quando o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) procuraram agir com independência na maior parte do tempo."
 
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