Camus e a Profecia Marxista
"Se está garantido que o reino chegará, que importa o tempo? O sofrimento nunca é provisório para quem nao acredita no futuro. Mas cem anos de sofrimento nao sao nada para quem afirma, para o centésimo primeiro ano, a cidade definitiva. Na perspectiva da profecia, nada importa. Com o desaparecimento da classe burguesa, o proletário estabelece o reino do homem universal no apogeu da produçao, pela própria lógica do desenvolvimento produtivo. Pouco importa que isso ocorra pela ditadura e pela violência. Nessa Jerusalém estrepidante de máquinas maravilhosas, quem ainda se lembrará do grito do degolado?"
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