Interessante o post da Roberta Febran sobre a fuga. Às vezes, tenho que fugir um pouco também para poder sobreviver. Ou viver realmente, na verdade. Em todo caso, nao devemos abusar dessas fugas, se quisermos nos preservar.
Fuga nao significa sempre uma postura covarde em relaçao à vida. Esse e o meu caso e o dela. Significa recolhimento, subtraindo-se da balbúrdia reinante na tentativa de se encontrar e enxergar a ordem das coisas. Por isso, digo que nela também se vive de verdade.
Advirto contra o abuso porque iso pode levar a criaçao de "segundas realidades", expediente tipicamente gnóstico que leva o sujeito a abandonar (nao fisicamente, é claro, mas mental e espiritualmente) o mundo em que vive por mundos artificiais onde ele se sinta melhor instalado. É a institucionalizaçao de um desajuste interior. Nela, creio, está a raíz das utopias modernas.
No mais é só, queridos. Vou-me, firmemente instalado neste mundo, mas disposto, sempre que possível, ao recolhimento interno tao necessário ao fortalecimento da alma humana.
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