"III. PADRÃO
O ESFORÇO é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para deante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão signala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita;
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.
E a cruz ao alto diz que o que me ha na alma
E faz febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar."
Fernando Pessoa , poeta português.
Meu gosto por postar poemas continua. Depois tem mais.
O ESFORÇO é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para deante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão signala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita;
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.
E a cruz ao alto diz que o que me ha na alma
E faz febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar."
Fernando Pessoa , poeta português.
Meu gosto por postar poemas continua. Depois tem mais.
<< Home